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Foto do escritorPortal Saúde Agora

Vítima de alergia grave, mulher só conseguia comer 4 alimentos



A arquiteta inglesa Amy Francis-Smith, de 32 anos, viveu a pior época de sua vida entre 2015 e 2017, logo no início da fase adulta. Nesse período, devido a uma série de alergias alimentares que apareceram de uma hora para a outra, ela restringiu a dieta a apenas quatro alimentos.


No início, os sintomas eram discretos, mas, com o tempo se intensificaram. Ao comer algo, Amy tinha crises de diarreia ou sentia coceiras insuportáveis. Os únicos alimentos que ela passou a tolerar eram carne bovina, pera, abobrinha e arroz.


Para tentar resolver o problema de saúde, a arquiteta vendeu praticamente todos os seus pertences na internet, inclusive suas roupas. O dinheiro bancava os exames de diagnóstico e tratamentos diversos que eram recomendados.


Amy desenvolveu reações imunes prejudiciais não apenas à comida, mas também a purificadores de ar, ambientes aquecidos ou resfriados e até a se sentar em bancos de transporte público.


“Por medo de crises alérgicas, várias vezes tive de fazer exames dolorosos sem anestesia e minha vida foi ficando muito difícil de uma forma que não consigo nem explicar”, conta ela em seu Instagram.

A vida normal era tão perigosa para o organismo de Amy que os médicos chegaram a propor que ela se internasse compulsoriamente até que soubesse a causa do que estava acontecendo.


Busca pela origem das alergias


Por meses, os médicos acreditaram que os sintomas eram psicossomáticos (ou seja, motivados pelo estresse mental), mas, em 2016, foi encontrada uma resposta mais clara. Amy sofria da síndrome de ativação de mastócitos. A condição leva a uma ativação inapropriada de células de defesa do organismo, que reagem excessivamente a estímulos que consideram ameaçadores.


Além desse diagnóstico, a arquiteta tinha duas outras doenças que agravavam o quadro: as síndromes de Crohn e a de Ehlers-Danlos.


A primeiro afeta o intestino, dificultando a digestão. A segunda leva a uma série de sintomas relacionados à deficiência de colágeno, atacando especialmente a pele.


“Meus testes de inflamação intestinal tiveram níveis tão críticos que os médicos achavam que havia dado um erro no sistema”, conta ela.

A vida após o diagnóstico


Com o diagnóstico, porém, Amy conseguiu controlar seus problemas de saúde, fez tratamentos para recuperar a microbiota intestinal e hoje tem uma vida normal. Para ela, porém, ficaram as consequências da negligência médica.


“Lembro-me de um médico que riu na minha cara enquanto minha garganta fechava diante dele e de profissionais com muito medo de me dar anestesia quando fizeram a biópsia do meu cólon. São violências que não se esquece”, lembra.

Por causa do que viveu, Amy tem trabalhado desde 2020 em projetos sociais para ajudar pessoas com alergias raras a encontrarem seus diagnósticos.


Fonte: Metrópoles

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