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Vírus sincicial: novo remédio é aprovado; saiba o que é o VSR e como proteger os bebês



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (30) o registro do Beyfortus (nirsevimabe), um medicamento indicado para a prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR).


O nirsevimabe é um anticorpo monoclonal, ou seja, uma proteína produzida em laboratório que imita a capacidade do nosso sistema imunológico de combater patógenos nocivos, como os vírus. Ainda não há uma data para o início da comercialização do medicamento no Brasil

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) já oferece um medicamento para prevenir o VSR: o palivizumabe, também um anticorpo monoclonal. Na rede pública, ele é indicado para bebês com menos de 1 ano de idade que nasceram prematuros e crianças com menos de 2 anos com doenças pulmonares crônica ou cardíaca congênita.

De acordo com uma revisão recente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, porém, o nirsevimab é considerado mais eficaz na imunoprofilaxia (processos de prevenção) contra VSR em crianças prematuras com menos de 1 ano.

A autorização para uso do novo medicamento no Brasil foi dada à farmacêutica francesa Sanofi Medley. O registro do remédio, que também tem o desenvolvimento da AstraZeneca, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 26 de outubro. Segundo a Anvisa, o medicamento será oferecido como uma solução injetável, para administração intramuscular em recém-nascidos e bebês lactentes que estão entrando ou já estão em sua primeira temporada do VSR (maio a setembro, segundo o Ministério da Saúde).

O medicamento inibe a etapa essencial de fusão da membrana no processo de invasão viral, neutralizando o vírus e bloqueando a fusão célula a célula. Ainda de acordo com a Anvisa, ele deve ser aplicado em dose única e visa fornecer proteção durante toda a temporada do VSR.

✅O Beyfortus (nirsevimabe) também é recomendado para bebês com até 2 anos de idade que têm um maior risco de ficar gravemente doentes devido ao vírus sincicial respiratório, incluindo:

  • bebês prematuros com problemas pulmonares;

  • bebês com doenças cardíacas graves;

  • fibrose cística;

  • problemas neuromusculares;

  • problemas nas vias aéreas;

  • bem como bebês imunocomprometidos ou com síndrome de Down.

O que é o VSR? Apesar de ser pouco conhecido, o VSR sempre esteve presente no Brasil, circulando junto com outros vírus respiratórios, e é bem semelhante ao vírus influenza, causador da gripe.

  • 👃 Os sintomas são parecidos como os de um resfriado comum: febre, tosse, espirros, coriza e mal-estar.

  • 👍 Em adultos com imunidade elevada e boas condições de saúde, eles desaparecem em poucos dias.

  • 👎 Mas, entre os pequenos e os mais velhos, a infecção pode evoluir e atingir brônquios, alvéolos e pulmões, o que pode ser fatal. Entre os sinais, estão febre alta, muita tosse e, principalmente, dificuldade para respirar.

Em casos graves, o VSR causa bronquiolite, doença que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões, e pneumonia, principalmente em bebês prematuros ou no primeiro ano de vida.


Fonte: G1

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