Em um vídeo de menos de um minuto, é possível ver o progresso espantoso do paciente Tony Howells que, em novembro de 2020, foi o primeiro voluntário de estudo criado para testar um novo aparelho de estimulação cerebral profunda (DBS) contra o Parkinson. O aparelho implantado no cérebro do inglês foi capaz de reverter a distonia, contração muscular involuntária que causa os tremores e a ridigez de movimento característicos da doença neurodegenerativa.
“Dizer que estou feliz por ter o DBS é um eufemismo, essa é uma ótima maneira de devolver a vida a alguém”, afirmou Howells, em um comunicado distribuído pelo Hospital Southmead, de Bristol, que realiza o estudo no Reino Unido.
A técnica, que usa suaves estímulos elétricos em zonas profundas do cérebro, já é antiga e está aprovada em vários países do mundo, inclusive no Brasil. A vantagem do aparelho instalado em Howells é seu tamanho – ele têm um terço das dimensões dos aparelhos convencionais. Isso permite que o paciente tenha mais conforto no dia a dia e que a cirurgia para colocação dentro do cérebro seja mais fácil.
Os impulsos elétricos tentam fornecer estímulos similares aos da dopamina – um neurotransmissor relacionado a várias funções importantes do corpo, entre eles o controle dos movimentos.
Veja imagens disponibilizadas pelo Hospital Southmead, que realiza o estudo:
Doença afeta 1% dos idosos
Entre as poucas certezas sobre o Parkinson estão as de que ele se relaciona com o envelhecimento e com a queda de dopamina no corpo. Não há, no entanto, explicações sobre as causas da doença e, por isso, ainda é impossível prevenir sua ocorrência ou curá-la.
A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a doença afete 1% da população mundial acima dos 65 anos.
Fonte: Metrópoles
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