Um bebê da Austrália começou um tratamento a laser na pele aos cinco meses de idade para tirar um sinal de nascença que tinha em seu rosto. Hoje com um ano e meio, Kingsley Colvin já não tem sinais em sua face, mas o tratamento segue levantando polêmica por ter começado tão cedo.
A família garante que o objetivo do laser não era estético: o pequeno tem uma série de comorbidades. Ele foi diagnosticado com a chamada de síndrome de Sturge-Weber, que ocorre em cerca de 65% das crianças com manchas de nascença arrocheadas no rosto.
O que é a síndrome?
A condição do menino leva a um alto risco de convulsões e a dificuldades de aprendizado por alterar o fluxo sanguíneo do corpo. As manchas que dominavam o rosto de Kingsley ainda poderiam crescer a ponto de levar a uma desfiguração. Além disso, quando elas se desenvolvem ao redor do rosto, como era o caso, o risco de glaucoma é aumentado.
Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), a síndrome de Sturge-Weber acontece quando há uma má-formação genética nos vasos sanguíneos do cérebro, mas os impactos neurológicos e na visão não ocorrem com todas as crianças que a possuem. Segundo a SBOP, 50% das crianças acabam tendo glaucoma na primeira infância.
A mãe de Kingsley, Brooke Atkins, comemorou em junho dois meses do menino sem convulsões. “Meu filho teve convulsões desde o quinto mês de vida. Estamos felizes de finalmente poder viver uma rotina com menos idas ao hospital”, diz a mãe em um post do Instagram.
Tratamento a laser resolve a questão?
A remoção da mancha a laser, porém, é preventiva e não elimina a condição. O tratamento se focaliza nos sintomas, especialmente no uso de anticonvulsivos e colírios anti-glaucoma. A opção pelo tratamento de pele é para evitar deformidades futuras.
“O objetivo dos tratamentos a laser não era remover a marca de nascença, mas sim manter a pele saudável e evitar mais danos à área”, afirmou a mãe, em entrevista ao jornal australiano Truly.
Fonte: Metrópoles
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