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Ser engraçado no 1º encontro pode prejudicar suas chances no amor, revela novo estudo

Foto do escritor: Portal Saúde AgoraPortal Saúde Agora


A tática, segundo a sabedoria popular, de fazer a outra pessoa rir durante todo o primeiro encontro talvez não seja tão eficaz quanto se pensava. Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, e da Universidade de Stirling, na Inglaterra, afirmam não ter encontrado conexão entre humor e atratividade em todos os casos, de acordo com estudo que analisou mais de 800 encontros.

Uma das razões é que nem todos são naturalmente engraçados. E tentar fazer o outro rir pode significar um ato forçado para o outro. Outra questão esclarecida pelos cientistas é a de que se existem diferenças entre os sexos em termos da importância dada ao humor pelo parceiro. Na realidade, tanto as mulheres quanto os homens não eram motivados a achar alguém mais atraente por darem risadas de suas piadas.

Além disso, as descobertas vão de encontro com a teoria de que o humor é uma vantagem evolutiva.

“No passado, pensava-se que sentir-se atraído por pessoas engraçadas era útil porque os seus filhos tinham maior probabilidade de herdar características benéficas, como a inteligência”, afirma o psicólogo Henry Wainwright, autor principal do estudo.

Para os testes, cerca de 554 participantes foram colocados em 800 encontros (também chamados de "dates"). A partir disso, foram formados pares para quatro encontros rápidos com membros do sexo oposto, cada um com três minutos de duração, e em seguida, responderam avaliações sobre acharem eles engraçados e o quanto o parceiro gostava de seu humor.

Os pesquisadores também fizeram uma análise observacional do comportamento do casal, registrando a frequência com que os namorados riam, observando se era do parceiro ou deles próprios.

Em um primeiro momento, parecia que a sabedoria popular estaria correta, porque nos resultados iniciais das preferências declaradas as mulheres tinham uma maior preferência por parceiros engraçados e consideraram esta preferência importante, ao que os homens também preferiam parceiras que os achassem engraçados.

Contudo, ao analisarem as pontuações dadas a cada um ao final, a escolha por parceiros engraçados não se manteve.

“Descobrimos que, independentemente do sexo, os participantes que riam mais do seu parceiro ou recebiam mais risadas não classificavam o seu parceiro como mais ou menos atraente. Nossos resultados sugerem que tentar muito ser engraçado em um encontro pode ser mais contraproducente do que útil — você deveria ser você mesmo”, afirma Wainwright, em comunicado.

A pesquisa, publicada na revista Evolution and Human Behavior, pode ajudar a entender as origens do humor, assunto ainda muito debatido pela comunidade científica. Na teoria mais conhecida, chamada de "hipótese do indicador de aptidão”, acredita-se que o senso de humor faz parte da evolução humana porque ele funcionaria como um indicador da aptidão genética procurada em um possível parceiro.


Fonte: O Globo

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