A dieta low carb é uma das mais populares entre quem quer perder alguns quilos. Apostando em diminuir a ingestão de carboidratos, o regime oferece resultados rápidos, mas exige atenção na hora de escolher o que comer. Uma das principais dúvidas é sobre a escolha das frutas na dieta low carb.
Muitas pessoas tem medo de acrescentá-las à dieta de baixo carboidrato devido às taxas de açúcar, que são um tipo do nutriente. Todavia, as frutas são sim, alimentos saudáveis. Elas tendem a ser ricas em minerais, vitaminas e fibras, nutrientes importantes para o bom desempenho da saúde.
“O açúcar é uma substância que está presente em praticamente todos os alimentos. Contudo, existem fontes de açúcar que são boas, como em alimentos in natura – frutas, vegetais, ovos, tubérculos – e carboidratos integrais”, afirma Thaiz Brito, nutricionista do Metrópoles.
No caso de pessoas que já estejam com o metabolismo prejudicado, pode ser interessante ter uma estratégia que modere a ingestão de açúcares, inclusive os das frutas. Entretanto, isso não significa que foram as frutas que causaram esse problema.
“As frutas são essenciais para a prevenção de inúmeras doenças, incluindo as cardiovasculares. A recomendação é ingerir até 4 porções de frutas e vegetais diariamente”, orienta a nutricionista.
Fruta vs. açúcar
Uma quantidade diária de vitaminas, minerais e fibras deve ser ingerida pela alimentação para garantir o funcionamento do nosso corpo, pois ele não é capaz de produzir todos os nutrientes sozinho. A melhor fonte dessas substâncias, usada até mesmo pelos nossos ancestrais, eram frutas doces e maduras.
É importante saber que o organismo funciona com glicose – açúcar simples que as células usam para obter energia. A glicose é um bloco de carboidratos, um dos três macronutrientes essenciais para o funcionamento do corpo. Os outros dois são gordura e proteína. Os carboidratos presentes em alimentos naturais, como frutas, vegetais, grãos integrais, nozes e sementes, viajam em pacotes densos de nutrientes.
As frutas ainda contêm outras substâncias importantes, como os fitonutrientes e antioxidantes produzidos apenas pelas plantas. Segundo especialistas, os nutrientes são capazes de combater o câncer e promover a saúde do coração.
“Existem até mesmo carências nutricionais que são desenvolvidas pela falta de consumo de frutas e vegetais regularmente”, ensina Brito.
O importante é fazer escolhas conscientes na hora de encher o prato. A nutricionista cita 10 frutas com baixa quantidade de carboidratos que podem ser adicionadas, sem excessos, à dieta low carb. A ameixa, abacate e coco são exemplos de alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas e bastante recomendadas para portadores de diabetes.
Morango (5,1 g)
Limão (5,2 g)
Tangerina (8,7 g)
Coco (6,2 g)
Ameixa (3,6 g)
Melão (7,2 g)
Maracujá (9,1 g)
Pêssego (7,9 g)
Abacate (1,8 g)
Melancia (8,0 g)
Açúcar refinado
A especialista em medicina preventiva Jennifer Rooke, da clínica Morehouse Healthcare, nos Estados Unidos, explica que os açúcares refinados, por outro lado, são altamente processados e pobres em nutrientes, além de serem uma forma concentrada de carboidratos.
“A indústria alimentícia produz açúcares refinados de várias formas. Os mais comuns são os cristais de sacarose, como açúcar de mesa, e o xarope de milho rico em frutose, encontrado em muitos alimentos processados e bebidas açucaradas”, afirma.
Ela garante que se o paciente satisfaz seu gosto por doces com alimentos que contêm açúcar refinado, em vez das frutas ricas em nutrientes, é possível que ele não obtenha todos os nutrientes de que precisa. Com o tempo, esse déficit pode criar um ciclo vicioso de excessos que leva à obesidade e a problemas de saúde.
Orientação
Eliminar alimentos adoçados com açúcar refinado é a primeira coisa que deve ser feita. Jennifer orienta para uma mudança permanente no estilo de vida. Aumentar a ingestão de frutas e vegetais ricos em nutrientes, após eliminar o açúcar refinado, além de beneficiar sua saúde tornará as papilas gustativas mais sensíveis, capazes de apreciar melhor a doçura natural das frutas.
Fonte: Metrópoles
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