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Polícia goiana prende funcionários de hospital que impediram gestante de furar fila


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Policiais militares de Goiânia (GO) imobilizaram e prenderam dois funcionários de um hospital-maternidade na última sexta-feira, após ambos terem negado atendimento imediato para uma paciente que pretendia furar a fila de espera.


Em imagens de câmeras de segurança e de celulares de pessoas presentes, é possível ver os PMs derrubando um auxiliar de enfermagem no chão para neutralizá-lo depois de ter imobilizado uma enfermeira segurando-a pelos braços.


A imagem foi compartilhada por redes sociais ao longo deste final de semana, e motivou uma nota de repúdio por parte do sindicato de trabalhadores municipais do setor, o Sindsaúde, que classificou a ação como "truculenta".


O episódio ocorreu no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara, no oeste de Goiânia, após o marido da paciente ter se desentendido com os funcionários.


Sua mulher teve de esperar mais que o previsto para atendimento, porque após passar por uma triagem ela recebeu uma pulseira verde, que sinaliza condição não emergencial. Pacientes com problemas mais graves foram colocados à frente dela na fila, o que teria motivado o homem a recorrer a tráfico de influência.


Segundo o Sindsaúde, ele teria ligado para um assessor parlamentar de um vereador goianiense, que então chamou a polícia para tentar interceder a seu favor. Diante da recusa, os PMs efetuaram as prisões.


"O que se presenciou hoje ultrapassou todos os limites: o uso do aparato estatal de forma abusiva e autoritária contra trabalhadores que apenas cumprem seu dever dentro das condições possíveis", afirmou o Sindsaúde em comunicado. "Quando os policiais chegaram, ignoraram os protocolos de triagem da unidade e agiram de forma autoritária e desproporcional."


O GLOBO entrou em contato com a Secretaria de Segurança do Estado de Goiás para pedir esclarecimento sobre o ocorrido, mas não obteve resposta até agora. A polícia militar não informou se os dois funcionários foram liberados após a detenção.


O Sindsaúde afirma que ainda não sabe quem teria sido o assessor em questão, nem para qual vereador trabalha. Os nomes dos funcionários detidos foram omitidos por questões de privacidade.


Fonte: O Globo

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