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Mulher sofre com síndrome de TSW: 'Tomava banho 8 horas seguidas como o único alívio'



Uma jovem de 25 anos, moradora de Manchester, na Inglaterra, precisou conviver com uma condição extrema que a fazia ficar em casa por longos períodos de tempo. Como consequência da interrupção do seu tratamento para eczema, que consistia na utilização contínua de cremes esteróides prescritos por três anos, a jovem desenvolveu a síndrome de TSW (Topical Steroid Withdrawal).

De acordo com a National Eczema Society (Sociedade Nacional de Eczema), a TSW é um "conjunto de sintomas que podem surgir dias ou semanas após uma pessoa parar de usar medicação esteroide tópica, levando até mesmo a sintomas significativamente piores do que a condição original da pele, que exigiu o seu uso".

Rhiannon Kennedy-Chapman descobriu que estava com TSW em maio de 2022, ao ver os relatos de um influenciador digital no TikTok. Na época, ela convivia com a sensação do corpo estar quente, assim como começaram a aparecer manchas vermelhas, que tendiam a inflamar e causar coceira.

Segundo o relato de Rhiannon, ela ia à consultas com um médico, até que foi encaminhada a um dermatologista, no entanto, seu TSW não foi tratado. Sua saúde mental sofreu um grave golpe, pois enquanto não conseguida lidar com os sintomas, também descobriu que era alérgica a laticínios e glúten.

Nos piores momentos, ela precisou ficar em casa por grandes períodos de tempo. Além disso, relembra já ter passado oito horas seguidas tomando banho para aliviar os incômodos causados pelas manchas na pele.

“Não há palavras para descrever, mas tente imaginar uma coceira tão profunda que chega a tocar seus ossos, noites intermináveis ​​sem dormir, chorando, lençóis cheios de flocos e sangue, um rosto inchado, braços e pernas sentindo-se como se estivessem pegando fogo, tanta perda de cabelo que você se sente exposto, perda de peso prejudicial à saúde e, por último, mas não menos importante, depressão severa", afirma.

Agora, há mais de um ano sem utilizar os hormônios, ela afirma que conseguiu descobrir um tratamento que a ajuda e acredita que com o tempo será curada.

"Recebi muitos comentários como 'isso é eczema?', quando eu explicava que era TSW, eles apenas pareciam confusos e não consideravam isso. Meus amigos e familiares têm me apoiado muito e depois de algum tempo, reconheceram que o que eu estava passando era TSW, mas no início foi difícil para eles entenderem, pois não é uma condição reconhecida e conhecida", relata.

Seu próximo plano é escalar o monte Kilimanjaro, localizado na Tanzânia, considerado o maior pico do continente africano. Ela aproveitou o sonho de escalada para angariar fundos para a ONG especializada em TSW, The International Topical Steroid Awareness Network (ITSAN), que a ajudou no período de descoberta sobre a sua condição.


Fonte: O Globo

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