Uma mulher de 57 anos levou um tiro na nádega direita ao se aproximar de um equipamento de ressonância magnética para fazer um exame. O caso aconteceu em junho deste ano em Wisconsin, nos Estados Unidos, mas só agora foi noticiado. O gatilho pode ter sido puxado devido ao poderoso ímã da ressonância magnética.
Antes de entrar na sala de ressonância magnética, a mulher passou por um procedimento de triagem de rotina no qual ela foi questionada se tinha algum objeto potencialmente perigoso, inclusive se estava carregando uma arma. Ela respondeu não a todas as perguntas.
Depois de ser baleada pela própria arma, um médico examinou a mulher e viu buracos de entrada e saída que eram "muito pequenos e superficiais", de acordo com o relatório feito pelo especialista ao FDA (agência reguladora americana equivalente à Anvisa). A bala penetrou apenas no tecido subcutâneo — a camada mais profunda da pele composta principalmente de células de gordura.
A paciente foi transferida para um hospital e posteriormente relatou que a ferida estava cicatrizando bem.
Neste ano, um caso semelhante aconteceu no Brasil, mas teve um desfecho trágico. O advogado Leandro Mathias, de 40 anos, morreu após sofrer um disparo da própria arma ao acompanhar a mãe em uma ressonância magnética, em São Paulo. A pistola foi puxada pelo aparelho assim que ele começou a funcionar. A arma disparou ao bater na máquina. O tiro atingiu a barriga do advogado e, por pouco, não acertou também os funcionários que realizavam o procedimento.
Os pacientes que vão se submeter a uma ressonância magnética são instruídos a deixar fora da sala do exame qualquer objeto que possa ser atraído pelo ímã, incluindo piercings, joias, telefones celulares, metal nas roupas, incluindo armas. Até mesmo são questionados se têm tatuagens e avisados que podem sentir desconforto ou irritação porque algumas tintas de tatuagem podem conter metal — que seria atraído pelo ímã da ressonância magnética.
As ressonâncias magnéticas usam ímãs fortes para obter imagens detalhadas dos tecidos, órgãos e sistema esquelético do corpo. Uma máquina de ressonância magnética usa o ímã para produzir um campo magnético e ondas de rádio para tirar fotos do funcionamento interno do organismo. Mesmo que o equipamento não esteja em uso, o seu ímã pode estar ativo.
Segundo especialistas, o campo magnético de um equipamento de uma ressonância magnética é tão forte que é capaz de levantar um carro.
Fonte: o Globo
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