O ator Marcelo Serrado compartilhou em suas redes sociais um vídeo revelando que teve outra crise de pânico, dessa vez, no aeroporto de Miami, depois de passar 10 dias viajando e curtindo com a família. Na hora de embarcar para o Brasil, o artista disse que começou a sentir “um negócio” dentro dele e que não conseguiria embarcar.
Serrado pegou um voo de volta sozinho no dia seguinte. A mulher dele e os filhos embarcaram no voo anterior. O ator tranquilizou seus fãs e disse que já está bem em São Paulo e que já ligou para um médico para tratar de suas crises de pânico.
Meu coração foi na boca na hora de embarcar, chamei minha mulher no canto e contei que algo dentro de mim estava se passando. Mas agora tá tudo bem. Muito obrigado pelo suporte de vocês com as centenas de mensagens que recebi de quando estava no auge da crise de pânico nessa viagem. Eu reli cada mensagem e me foquei nelas pra seguir em frente quando me vi, por exemplo, sozinho no aeroporto. Vocês ajudaram na minha vulnerabilidade”.
A primeira crise do artista ocorreu pouco antes dele iniciar a viagem de férias ao exterior com sua família, no final de maio.
Sintomas
Devido aos sintomas serem muito parecido com um ataque no coração, como dores no peito, taquicardia, dificuldade para respirar e um medo excessivo de morrer, é comum as pessoas confundirem um ataque de pânico com um ataque cardíaco.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome do transtorno do pânico, também chamada de ansiedade paroxística episódica, é um transtorno psiquiátrico que atinge de 2% a 4 % da população global. Ela é caracterizada por crises de ansiedade (ataques de pânico) de forma recorrente e imprevisível.
As crises são episódios em que a pessoa vive um conjunto de sintomas ligados à ansiedade ao mesmo tempo, e com uma intensidade maior. Elas acontecem com uma certa frequência em pessoas com transtorno de ansiedade não tratado, podendo ser provocada por um evento estressante ou ocorrer de forma inesperada. Geralmente dura de 5 a 20 minutos, mas pode chegar a algumas horas.
Os sintomas tendem a atingir o seu ápice após 10 minutos de crise e decair gradativamente a partir de então. Entretanto, outra crise de pânico pode acontecer em seguida, alongando a experiência desagradável. A crise pode acontecer subitamente, durante o sono ou relaxamento, como a partir de um gatilho.
Entre os principais sinais estão: coração acelerado, dor no peito, tontura, arrepios ou tremores pelo corpo, náusea, formigamento ou dormência de membros, dificuldade para respirar, suor excessivo, desconfortos estomacais, sensação de perda de controle, e a sensação de que pode morrer a qualquer momento, o que deixa a mente do paciente em estado de atenção. Muitos afirmam estarem “ficando louco” neste momento.
Outro sintoma é a despersonalização, quando ocorre a sensação de que a pessoa não está conectada ao seu corpo ou aos seus arredores. Após uma crise de pânico, muitas pessoas se sentem cansadas, estressadas ou preocupadas. Essas sensações tendem a acompanhá-las pelo restante do dia.
Causas
Não existe uma causa especifica para uma crise de pânico, porém elas são mais comuns quando há o diagnóstico de um transtorno ansioso, como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ou Ansiedade Generalizada. O Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT) também pode ocasionar crises. Quando as memórias do trauma retornam à mente sem aviso.
Sintomas depressivo e estresse prolongado também são causas comuns que podem estar relacionados a problemas matrimoniais, no trabalho, casos de doença na família, insatisfação com a vida, entre outros.
Indivíduos que abusam de álcool e outras substâncias, possuem uma personalidade naturalmente ansiosa, têm histórico de crises de ansiedade e pânico na família, e vivem com doenças crônicas, como diabetes e tireoide, são mais suscetíveis a terem crises em algum momento de suas vidas.
Tratamento
O tratamento envolve o uso de medicamentos psiquiátricos, como antidepressivos e ansiolíticos; sessões de psicoterapia, com psicólogos ou médicos psiquiatras, ou ambos em conjunto. Em caso de suspeita, é preciso procurar um atendimento médico especializado, que avaliará o diagnóstico correto e indicará o melhor tratamento para o caso.
Fonte: O Globo
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