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Mais do que um 'acessório', gel lubrificante faz parte de prevenção combinada contra ISTs

Foto do escritor: Portal Saúde AgoraPortal Saúde Agora


O gel lubrificante, que recentemente se viu em meio a uma polêmica na Argentina, desempenha um papel importante na estratégia de prevenção combinada contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O Brasil, inclusive, disponibiliza o "acessório" gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS).


No país vizinho, o governo da província de Buenos Aires gastou 500 milhões de pesos argentinos (R$ 15 milhões) na compra do item para um programa chamado "Haceme tuyo" (faça-me seu, em tradução livre do espanhol). Apesar de ter sido criticada por políticos de oposição, a iniciativa faz sentido. Veja abaixo as razões. Gel lubrificante no sexo Mais do que um item para aumentar o prazer sexual, o gel lubrificante minimiza o ressecamento e diminui o atrito, ajudando na redução de dor e lesões durante a atividade sexual - que podem ser porta de entrada para a transmissão de doenças. O gel lubrificante diminui o atrito entre os órgãos sexuais durante a relação, tanto vaginal quanto anal. Sabemos que mulheres e outras pessoas com vagina podem ter diferentes graus de lubrificação natural, mas o ânus e o reto não produzem essa lubrificação. O lubrificante é justamente para facilitar o movimento na penetração e diminuir a chance de micro sangramentos, micro fissuras e rompimento do preservativo — Vinícius Borges, infectologista especialista em ISTs Aliado da camisinha Eduardo Miranda, coordenador do Departamento de Andrologia, Reprodução e Sexualidade da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), explica que o sexo mais traumático potencializa a transmissão de doenças, principalmente o sexo anal. "Um sexo com menos lubrificação pode machucar, provocar lacerações, escoriações e pode ser a porta de entrada para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)", diz o urologista da SBU. Por isso, o lubrificante pode ajudar a prevenir, junto com a CAMISINHA, as infecções (leia abaixo sobre prevenção combinada). Vale lembrar que o lubrificante, sozinho, não é um método de prevenção.

No entanto, um alerta: não é qualquer gel lubrificante que "combina" com a camisinha. Produtos mais antigos, que têm como base derivados do petróleo, podem ter efeito corrosivo e facilitar a erosão da camisinha (o rompimento do preservativo). Óleos naturais também podem quebrar o látex. O ideal é usar lubrificante à base d'água ou DE silicone. "O preservativo de látex disponível no SUS deve ser utilizado com lubrificante à base d'água, porque ele não afeta a qualidade do látex. Substâncias oleosas (como vaselina ou óleo de coco) podem até ser usadas, mas só com preservativos à base de silicone. O látex pode apenas com o lubrificante à base d'água", reforça Borges.

Prevenção combinada Sabemos que a camisinha é quem previne contra grande parte das infecções sexualmente transmissíveis, como as bacterianas (sífilis, gonorreia, clamídia), virais (HIV, hepatite BE hepatite C) e diminui, mas não previne totalmente, a transmissão de herpes genital e de HPV.

A prevenção combinada (veja foto abaixo) reúne ferramentas complementares para evitar a contaminação de ISTs, infecções que são transmitidas pelo contato sexual, seja oral, vaginal ou anal. A estratégia trabalha de forma simultânea com três abordagens: as intervenções biomédicas, comportamentais e estruturais.

A mandala com métodos de prevenção de ISTs abrange:

  • Uso da camisinha (feminina ou masculina);

  • Uso de gel lubrificante;

  • Profilaxias Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PEP) ao HIV;

  • Vacinação contra hepatite B e HPV;

  • Testagem regular para HIV, outras ISTs e hepatites virais;

  • Diagnosticar e tratar as pessoas com IST e hepatites virais;

  • Prevenção da transmissão vertical do HIV; e

  • Tratar todas as pessoas vivendo com HIV.


Fonte: G1

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