A mulher do ex-jogador Serginho — que marcou seu nome no futebol em passagens pelo Milan, pelo Cruzeiro e pela seleção brasileira — alertou os seguidores sobre os riscos de fumar cigarro eletrônico. Lia Paiva publicou um vídeo nas redes sociais em que relata como o uso do vape contribuiu para a morte do filho Diego, de apenas 20 anos, em agosto passado, por sepse (que pode levar à infecção generalizada).
No vídeo, Lia Paiva conta que Diego contraiu um bactéria, que se espalhou pelo corpo dele. A família acredita que o jovem deva ter se contaminado por meio de um furúnculo, durante um treinamento de jiu-jitsu. A mãe conta que o filho pensava ter alguma lesão no ombro e no cotovelo, onde passou a sentir dores, mas depois descobriu a gravidade do quadro.
— A bactéria se alojou ali e depois se espalhou pelo corpo inteiro, e fez septicemia. Quando a bactéria entra no corpo, ela entra com tudo. E aí começa o nosso organismo a lutar contra a bactéria. Ele ficou quatro dias [internado]. Os rins liberaram, o fígado ficou ótimo, o coração ficou ótimo. [Os médicos] Estavam super positivos quanto à recuperação dele. Até que, no quinto, no sexto dia, ele teve esse infarto pulmonar e veio a óbito — recordou Lia Paiva.
A mãe exibiu imagens de um pulmão saudável e comparou com o exame do filho, que mostrava um órgão afetado. Lia Paiva ressaltou que o uso do vape evitou que Diego se recuperasse totalmente e fez um alerta para os seguidores.
— A causa maior foi a bactéria que invadiu o corpo dele, fez uma septicemia, mas o pulmão dele não reagiu. O pulmão não reagiu por quê? Pelo uso excessivo do vape. Quando a gente fala para vocês "não fume vape", e eu já fumei, isso mata. De fato, isso mata. Que isso fique como um grande aprendizado. Joga isso aqui fora — destacou ela, com um cigarro eletrônico nas mãos.
Desde 2009, todos os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), categoria que engloba os cigarros eletrônicos, os vapes, os pods e outros aparelhos semelhantes, têm a venda e a distribuição proibidas no Brasil. Em abril deste ano, após uma longa reavaliação sobre o tema, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter o veto aos dispositivos, e o Congresso Nacional passou uma regulamentação do tema.
Quem é a favor da liberação aponta a já existente circulação dos aparelhos, fruto do contrabando, como um sinal da ineficiência da proibição. Alegam que a liberação, com a devida regulamentação, criaria uma régua sanitária para a composição dos vapes.
Por outro lado, os críticos da medida citam os malefícios que eles representam para a saúde. Na semana passada, 80 entidades médicas, entre elas a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), assinaram uma carta reforçando a posição contrária ao projeto.
Fonte: O Globo
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