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“Insisti em amamentar. Foi minha melhor decisão”, conta mãe



Apesar de reforçar a conexão entre mãe e bebê e alimentar e proteger a criança, o processo de amamentação não costuma ser tranquilo desde o início. De dificuldades com a pega até as dores e sangramento no mamilo, é comum que as duas partes sofram até chegar a um encaixe perfeito.


“Eu tinha muita expectativa em amamentar, esperava que fosse prazeroso para mim e para a minha filha. Só que o processo doía e sangrava, o que deixava nós duas agitadas”, conta Poliana Trovão, 36, mãe da pequena Mariana.


Sem conseguir encontrar um jeito de alimentar a filha, a brasiliense viu o peso da recém-nascida cair rapidamente: entre as tentativas, ela foi de 2,36 kg para 2,22 kg. Oito semanas depois do parto, Poliana levou Mariana ao pediatra para tentar entender o que estava acontecendo. “Eu queria a conexão que a amamentação estabelece entre mãe e filha. Insistir nisso foi minha melhor decisão”, lembra.


A pequena foi diagnosticada com freio lingual restrito, condição que atrapalha o movimento da língua. Ele prejudica a sucção, fala e alimentação do paciente. A menina passou a ser alimentada por meio de translactação, técnica que utiliza uma pequena mangueira para levar o leite da mãe até o bebê.


A odontopediatra Janaína Vieira, que atende em Brasília, conta que o tratamento é uma frenectomia. “No procedimento, o freio da língua é cortado. Ele é seguro, rápido, e o bebê já poderá amamentar logo em seguida”, explica a especialista.


Dificuldade de pega


Depois do procedimento cirúrgico para a filha, Poliana foi atrás de tratamento para as dores que sentia nos seios durante a amamentação e fez terapia com laser e pomadas. Ela também fez um ajuste da pega (quando o bebê pega o peito, o queixo deve encostar na mama, os lábios ficar virados para fora e o nariz, livre).


“A causa mais comum de dor ao amamentar é a pega incorreta do bebê. Além de dificultar a saída do leite e comprometer a nutrição da criança, uma pega inadequada pode machucar os mamilos pelo excesso de fricção”, explica a enfermeira Camila Frazão.


Poliana e Mariana só se sentiram confortáveis durante a amamentação dois meses depois. Hoje, a menina tem 5 meses, está com quase 7 kg, e é amamentada exclusivamente pelo peito.


Ajuste emocional


Poliana lembra que uma das principais dificuldades durante todo o processo foi lidar com as expectativas frustradas e a desmotivação. “Tive uma boa rede de apoio, tanto com as profissionais quanto com meu marido, que sempre me diziam que eu era capaz. Mas também tinham aqueles que me falavam para desistir, que eu não conseguiria amamentar minha filha 100% no peito”, lembra.


Hoje, ela consegue amamentar Mariana tranquilamente. Sempre que tem oportunidade, Poliana encoraja mães que enfrentam dificuldades semelhantes a não desistirem. “A amamentação vai além da nutrição, é um vínculo entre mãe e filha que precisa ser respeitado”, destaca.


Fonte: Metrópoles

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