De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças do coração são as principais causas de morte em grande parte do mundo. Porém, pesquisadores americanos descobriram que, com a ajuda de inteligência artificial (IA), é possível antecipar o risco de desenvolver as condições em até dez anos.
Os radiologistas do Hospital Geral de Massachusetts e cientistas do Brigham and Women’s Hospital, ambos nos Estados Unidos, criaram a IA e a treinaram analisando 147.497 exames de raio-X de 40.643 pessoas.
Em seguida, a máquina foi testada em 11,4 mil pacientes que estavam potencialmente elegíveis para uso de drogas que reduzem o risco de morte por doença cardiovascular. Cerca de 10% dos voluntários sofreram algum evento cardíaco na década seguinte, porcentagem muito próxima da estimada pela IA.
A técnica foi apresentada na última semana, no congresso da Sociedade de Radiologia da América do Norte.
“A beleza dessa técnica é que só precisamos de um raio-X, um exame que é feito milhões de vezes por dia ao redor do mundo. Baseado em apenas uma imagem, nosso modelo prevê grandes eventos cardiovasculares futuros com uma performance similar ao estabelecido clinicamente”, explica o pesquisador Jakob Weiss, um dos responsáveis pelo levantamento.
A abordagem mais comum para definir o risco hoje leva em consideração sexo, idade, etnia, pressão arterial, tratamento para hipertensão, tabagismo, diabetes tipo 2 e exames sanguíneos. Porém, muitas vezes as informações do paciente não estão disponíveis para uma diagnóstico rápido.
Os pesquisadores esperam que, com os dados da inteligência artificial, seja possível implementar mudanças na rotina do paciente com antecedência e evitar os eventos cardíacos.
Fonte: Metrópoles
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