Gustavo Marsengo, do BBB 22, disse em conversa com Lina, Natália e Jessi que fez um tratamento para frear o crescimento ainda na adolescência. O participante contou às colegas de casa que tomou hormônios e que poderia ter atingido 2,15 metros de altura, segundo previsão dos médicos.
"Tomei hormônio para parar [de crescer]. Não que eu me arrependa (...) Eu tinha 14 anos, tinha 1,70 m na época. Era uma época que uma agência de modelos me descobriu e os caras fizeram minha cabeça. Falaram: 'não, você está muito alto'", disse Gustavo. "Eu fui no médico endocrinologista e ele falou: 'ó, cara, você não tem nenhuma disfunção hormonal, só que você vai ser muito grande. Teu mínimo é 2,05 m e teu máximo é 2,15 m. Você vai ficar com uns 2,10 m, 2,11 m'", completou durante o papo. Mas, então, como isso funciona? Segundo a endocrinologista Lorena Lima Amato, especialista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é possível frear o crescimento, mas não é comum no Brasil. São poucos os homens que chegam a 2 metros, já que a estatura média do país é mais baixa. "Existem algumas formas de parar o crescimento. Não é habitual, porque não é uma coisa que se faça com tanta frequência. Em geral, não é um problema a alta estatura que não tem uma causa definida", explica Amato.
Segundo a endocrinologista, as pessoas mais altas por uma questão genética, mesmo as com mais de 2 metros, não chegam a desenvolver problemas graves de saúde física, geralmente. No entanto, em alguns casos, os pacientes crescem exageradamente devido a doença específicas.
"Existem algumas doenças, algumas síndromes, até mesmo tumores na hipófise, que onde a gente produz o hormônio do crescimento, e isso pode produzir em excesso e levar ao que a gente chama de gigantismo. É uma doença, que tem tratamento cirúrgico e medicamentoso. Mas, aí, as pessoas em geral não ficam só altas, acabam tendo deformidades", explica. E o que faz uma pessoa crescer? O que faz uma pessoa crescer, basicamente, é o hormônio do crescimento: o GH (Growth Hormone, em inglês). Se uma pessoa quer aumentar o crescimento, os médicos podem recomendar a ingestão do GH. Caso contrário, como o do Gustavo, são recomendados outros hormônios. "Se for idiopático [não associado a uma doença], você pode tentar hormônios sexuais, como a testosterona e o estradiol, que aí fecham essas cartilagens de crescimento mais rápido. É uma opção", explica Amato. Para a endocrinologista, é uma decisão a ser bastante analisada, já que é um tratamento médico e, como qualquer outro, pode ter efeitos colaterais. Na maioria das vezes, a questão da altura está mais relacionada às questões sociais e psicológicas do que à saúde física.
"Todo tratamento temos que ponderar tudo. A gente está falando de tratamentos hormonais. Por isso que é tão complexo. Precisa valer muito a pena, a pessoa que não tem uma doença ser medicada, dar um remédio que pode ter efeitos colaterais. Mas é só durante o tratamento, não é a longo prazo". A especialista explica que o tratamento hormonal pode aumentar a acne, a calvície, inibir a produção de testosterona e até gerar uma trombose, dependendo da dose.
Fonte: G1
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