top of page

Grávida de seis: saiba quais são os principais riscos da gestação de múltiplos



Um pouco antes do dia das mães de 2023, a dona de casa capixaba Quezia Romualdo, de 29 anos, descobriu que está grávida de sêxtuplos. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) define a gemelaridade como a presença simultânea de dois ou mais fetos dentro ou fora do útero.


Para entender os principais riscos da gestação de múltiplos e saber quais cuidados devem ser tomados, o g1 conversou com Janete Vettorazzi, membro da Febrasgo e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e com Paulo Nasser, diretor Instituto de Estudos emTecnologia da Saúde e diretor médico da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de Rio de Janeiro (Sgorj). ▶️ Entenda, abaixo, nesta reportagem:

  • tipos de gravidez gemelar;

  • riscos na gestação de múltiplos;

  • recomendações para o parto;

  • e os principais cuidados a serem tomados.

Gravidez gemelar "Toda gravidez gemelar é de risco", afirma a médica Janete Vettorazzi. Não há, no entanto, motivo para pânico.

Tanto ela quanto o obstetra Paulo Nasser orientam que, assim que confirmada a gestação de dois ou mais bebês, a gestante deve buscar uma equipe especializada que saberá orientar sobre a realização de exames e como fazer o acompanhamento adequado.

Vale ressaltar que o protocolo da gravidez de múltiplos é diferente de uma gravidez de apenas um bebê. No primeiro caso, a rotina prevê maior frequência de ultrassonografias, tempo diferente para a realização de ecografias e uma necessidade ainda maior de acompanhamento multidisciplinar (obstetra, radiologista e nutricionista, entre outros). A primeira informação que a equipe médica busca sobre a gemelaridade é em relação ao número de placentas, bolsas amnióticas e fetos. Isso pode ser descoberto com o exame de ecografia.

Os especialistas esclarecem:

  • Gestação dicoriônica gêmeos que têm placenta e bolsa amniótica próprias.

  • Gestação monocoriônica gêmeos que compartilham placenta, porém têm diferentes bolsas amnióticas.

A ginecologista comenta que, quando há uma placenta nutrindo dois bebês, por exemplo, os riscos para os fetos podem ser maiores: "Essa placenta vai ter responsabilidade de nutrir dois bebês, e nem sempre essa distribuição é igual. [...] Quando maior o número de fetos, maior o risco gestacional". O risco gestacional citado por ela refere-se tanto aos fetos quanto à própria mãe. Riscos na gestação de múltiplos Para as grávidas de múltiplos, alguns riscos gestacionais são ainda maiores. É preciso ficar atento a complicações como:

  • prematuridade;

  • pré-eclâmpsia;

  • anemia;

  • diabetes;

  • placenta prévia;

  • descolamento prematuro da placenta;

  • e hemorragia pós-parto.

Os especialistas também esclarecem que, em geral, uma grávida de um feto ganha uma média de 12 quilos durante a gestação. No caso de uma grávida de gêmeos, por exemplo, ela deveria ganhar uma média de 18 quilos, e não 24 quilos. Não significa que o peso duplica, e a obesidade aumenta o risco de complicações na gravidez.

"A prematuridade anda junto com a gemelaridade", analisa a médica Janete. A Febrasgo informa que mais da metade dos gêmeos nascem antes das 37 semanas de gestação. Mas cada gestante terá um diagnóstico e indicações diferentes sobre o período de duração da gravidez. Para isso, os médicos levam em conta o tipo de gemelaridade, a curva de crescimento, a quantidade bolsas e outras diversas características individuais da mãe.

Paulo Nasser comenta que são considerados bebês prematuros os que nascem antes de 37 semanas de gestação. Já os que nascem antes de 28 semanas são considerados de extrema prematuridade. Recomendações para o parto "A gente nunca vai até 40 semanas, a indicação é nascer antes", diz o médico Paulo Nasser sobre gestação gemelar. Ele explica que nos casos das gestações monocoriônicas, a gestante pode chegar até 37 semanas. Quanto às gestações dicoriônicas, existem grávidas que conseguem ter o parto com 39 semanas.

Em relação ao tipo de parto, normal ou cesárea, vai depender muito de cada gestação. O obstetra avisa que é possível fazer um parto normal em grávidas gemelares dicoriônicas, por exemplo.


Fonte: G1

Comments


© 2020 Portal Saúde Agora. Tudo sobre SAÚDE em um só lugar!

  • Instagram
logoportal1.png
bottom of page