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Foto do escritorPortal Saúde Agora

'Filme de terror', diz médico de férias em Noronha que socorreu criança atacada por tubarão


 
 

“Foi um impacto aquela cena de um filme de terror”. O relato é de Lucas de Oliveira Claros, um dos médicos que prestaram os primeiros socorros a Nicole, criança de 8 anos atacada por um tubarão na sexta-feira (28), em Fernando de Noronha. Nesta quarta-feira (2), ele falou, com exclusividade para o g1, sobre o atendimento que ajudou a salvar a vida da menina.

Lucas mora no Rio de Janeiro e estava de férias na ilha. Ele, que é cirurgião-geral e especialista em urologia oncológica, falou sobre o momento de socorro à menina. “A adrenalina é alta. Agimos por instinto, conforme nosso treinamento, para estancar o sangramento”, declarou. Após o ataque, Nicole teve a perna direita amputada. “Os vasos que passam pela perna têm um trajeto. Eles fazem sangrar nesse tipo de atendimento. Quando se faz o estancamento do sangue, [...] a gente segura, com o dedo mesmo, o sangramento para evitar um prognóstico pior”, explicou Lucas.

Depois de ser colocada em uma maca na caçamba de um carro, a criança foi atendida no Hospital São Lucas, de onde foi transferida em uma avião de salvamento equipado com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea para o Hospital Português, no Recife. O boletim médico divulgado, na terça-feira (1º), pelo hospital particular localizado na capital pernambucana indicou que o estado de saúde de Nicole é estável. Lucas ficou feliz ao saber da recuperação da criança.

“Não só eu, como os outros médicos que estavam no local, pudemos contribuir para esse desfecho favorável. Saber que ela está bem é o maior reconhecimento”, afirmou Lucas, que deixou a ilha no final da manhã desta quarta-feira (2). Homenagem Lucas Claros foi homenageado nesta quarta-feira (2). O médico recebeu uma carta de agradecimento, entregue pela vice-presidente do Conselho de Saúde da ilha, Talita Lima. O comunicado enalteceu a atuação do profissional na Praia do Sueste. “Reconhecemos a atitude de presteza e generosidade no atendimento àquela criança, ato providencial para salvar a vida e garantir que a menina e a família tenham um novo recomeço”, descreveu o documento, que foi entregue na pousada onde o profissional estava hospedado.

O Conselho de Saúde tenta entrar em contato com os outros cinco médicos que participaram dos primeiros socorros à menina. “Queremos entregar o documento aos médicos que participaram do primeiro atendimento nessa situação emergencial”, declarou Talita Lima.

Por conta desse ataque de tubarão, as praias do Sueste e Leão foram interditadas pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). Não há previsão de reabertura dos dois locais.


Fonte: G1

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