Em algum momento da sua vida, você já comeu tanto que falou: “minha barriga vai explodir”. Uma das próximas vezes, talvez, que as pessoas falaram a frase será nas festas de final de ano. Porém, a frase, apesar de ser exagerada, pode ocorrer de fato. Segundo especialistas, o estômago realmente pode “explodir” de tanto comer.
O termo médico para estômago explodido é perfuração gastrointestinal, que ocorre quando o estômago fica muito cheio e se rompe. Forma-se um buraco que libera o conteúdo do estômago na cavidade abdominal, o que pode causar infecções, incluindo sepse mortal. O estômago médio contém cerca de um litro de comida, mas ele pode esticar-se um pouco mais podendo segurar até um pouco mais de 3 litros de alimento.
Segundo especialistas, a quantidade exata varia de pessoa para pessoa, porém, se a pessoa comer mais do que a capacidade que o estômago consegue aguentar, pode ocorrer essa ruptura e causar problemas graves à saúde.
Entretanto, a condição é extremamente rara. Isso porque o cérebro leva 20 minutos para registrar saciedade e plenitude. Quando o cérebro manda essa resposta, quer dizer que já nos alimentamos muito além da quantidade necessária para nos sentir satisfeitos.
Normalmente, segundo especialistas, este tipo de condição pode ocorrer com pessoas que tenham a doença genética rara, síndrome de Prader-Willi, em que os indivíduos têm um hipotálamo disfuncional, ou seja, o cérebro não regula com eficiência o apetite, resultando em uma fome constante e insaciável.
Quem sofre de Prader-Willi não terá o instinto de vomitar quando comer demais, como faria o corpo humano médio. O que torna o rompimento estomacal incomum, pois o reflexo de vômito da maioria das pessoas entra em ação quando o órgão está cheio.
Um menino de 17 anos com Prader-Willi morreu na véspera de Natal de 2015 ao romper o estômago ao comer demais na festa anual de sua família, informou a revista do The New York Times. E em 2003, “comer em excesso” foi apontado como a causa da ruptura do estômago de um homem de 49 anos, que o levou à morte.
Fonte: O Globo
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