Durante a pandemia de Covid, aumentaram as queixas relacionadas à qualidade do sono. Dificuldade para dormir e sono fragmentado estão entre os problemas mais comuns relatados nos consultórios dos especialistas.
A otorrinolaringologista Sandra Doria, especializada em Medicina do Sono, explica que é importante treinar o corpo para que ele aprenda a descansar de maneira eficiente. “Em boa parte das vezes, uma correta higiene do sono consegue resolver. No entanto, é importante uma investigação clínica para descartar problemas de saúde de fundo”, explica a médica, que atende no Instituto do Sono, em São Paulo.
Higiene do sono
A higiene do sono compreende ações e hábitos necessários para garantir um repouso noturno de qualidade. Na lista, estão, por exemplo, ter um horário fixo para dormir, ingerir alimentos leves na última refeição do dia, diminuir as luzes do quarto e garantir o conforto térmico do ambiente.
Além desses cuidados habituais, Doria sugere uma medida inusitada que pode definir a qualidade do sono dos pacientes. Ela recomenda que as pessoas não usem celulares e tablets para conversar com amigos, familiares e parceiros românticos uma hora antes de dormirem.
“As conversas e postagens de mensagens e fotos estimulam o internauta a ficar acordado até tarde, com cérebro inundado de dopamina, isso torna o sono mais fragmentado e menos profundo”, afirma a médica.
Outro motivo para adotar um comportamento mais reservado à noite é evitar a luz azul dos dispositivos eletrônicos, como tablets e celulares. Esses aparelhos atrapalham a produção de melatonina, hormônio que sinaliza ao corpo a hora de descansar.
Fonte: Metrópoles
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