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Em última tentativa de tratamento, jovem com 'pior dor do mundo' implanta bomba de morfina para tentar controlar a condição



A mineira Carolina Arruda, de 27 anos, que viralizou ao compartilhar seu desejo de buscar a eutanásia na Suíça após mais de 10 anos lidando com “a pior dor do mundo”, passou por mais uma etapa no tratamento que tenta amenizar seus sintomas. No último sábado, ela passou por um procedimento para a implantação de uma bomba de morfina.


Segundo Carolina, essa será sua última tentativa de tratamento, já que as próximas opções são cirurgias mais arriscadas e detalhadas e que no caso dela existe uma complexidade maior devido aos procedimentos já realizados. Em vídeo compartilhado em suas redes sociais, Carolina disse que a "cirurgia foi bem sucedida", mas que precisam aguardar cerca de 24 para ajustar a dose e mais alguns dias para ter certeza que deu certo.


— O cateter já encheu de medicamento e já tá começando a entrar medicamento no sistema nervoso — contou a jovem após deixar a UTI do hospital.


— Eu ainda sigo com muitas dores da neuralgia, senti muitas crises essa madrugada. Foi bem complicado lá na UTI. Mas agora já tô bem. (...) Tô com a bomba na barriga. Tô com um curativo e com pouca dor da cirurgia em si — disse.


Carolina decidiu realizar esse procedimento após a tentativa anterior de tratamento, a implantação de eletrodos, não ter dado certo. Anteriormente, ele teve anestésicos injetados no nervo e eletrodos foram implantados na cervical alta, para estimular a parte posterior, que faz comunicação com o trigêmeo, e no Gânglio de Gasser (na lateral do rosto), base do nervo.


Agora, ela implantou uma bomba de analgésicos administra doses controladas de morfina diretamente dentro do corpo do paciente. A bomba é implantada cirurgicamente sob a pele do abdômen do paciente, e um cateter, conectado ao dispositivo, é posicionado direto na medula espinhal do paciente, espaço conhecido como intratecal. A bomba é programada para liberar doses precisas de morfina ao longo do dia, conforme a quantidade e frequência determinadas pelo médico.


Riscos e benefícios


O alívio da dor tende a ser o principal benefício do tratamento. A morfina, um dos analgésicos mais potentes, tende a provocar alívio eficaz da dor. Além disso, as doses administradas tendem a ser menores do que na versão oral, já que a aplicação direta na medula alcança um resultado mais efetivo. Doses mais altas podem provocar mais efeitos colaterais.


Apesar dos benefícios, também existem riscos relacionados, como possível infecção e hemorragia. Um deslocamento ou obstrução do cateter também pode ser um problema, reduzindo a eficácia do alívio da dor. Problemas no dispositivo e a liberação excessiva da morfina podem ocasionar uma overdose, levando a problemas respiratórios, sedação extrema e, em casos mais graves, até mesmo a morte.


A interrupção abrupta do medicamento também pode ocasionar em síndrome de abstinência, causando constipação, náusea, sonolência e confusão mental. Além disso, em casos raros, a inserção desse cateter pode gerar complicações neurológicas, levando à fraqueza, dormência ou paralisia, ou meningite.


Fonte: O Globo

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