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“Dupla mutante”: nova variante do vírus da gripe é descoberta nos EUA



Uma variante rara do vírus influenza, causador da gripe, foi identificada em duas pessoas nos Estados Unidos. A cepa demonstrou resistência a tratamento antiviral, segundo detalham pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em relatório publicado em 7 de junho, na revista Emerging Infectious Diseases.


É natural que o vírus da gripe passe por constantes mudanças. No entanto, as autoridades do CDC chamam atenção para o fato desta variante apresentar duas mutações preocupantes – o que deu a ela o apelido de “dupla mutante”.


As mutações estão em locais que podem diminuir a eficácia do tratamento com fosfato de oseltamivir, conhecido como Tamiflu. Testes em laboratório mostraram que a nova cepa conseguiu reduzir a ação do antiviral em até 16 vezes.


Os exames mostraram que outros tratamentos como o antiviral baloxavir marboxil (Xofluza) ainda são eficazes contra o vírus mutado, bem como as vacinas contra a gripe.


“Não há implicações imediatas no que diz respeito às decisões de cuidados clínicos. O CDC monitora continuamente a suscetibilidade antiviral dos vírus da gripe sazonal circulantes nos EUA e em todo o mundo, juntamente com parceiros globais. Esta vigilância virológica global informará a potencial ameaça à saúde pública destes vírus influenza”, informa o CDC em comunicado à imprensa.

 Casos da nova variante ainda são raros


De acordo com o relatório do CDC, a variante “dupla mutante” da gripe foi identificada em 15 países, em cinco continentes, mas os casos ainda são muito raros. Eles representam apenas 1% das amostras coletadas entre maio de 2023 e fevereiro de 2024, ou seja, estão longe de se tornar a versão dominante.


As autoridades são cautelosas quanto aos números apresentados, alertando que os dados podem não representar necessariamente a proporção real das variantes em circulação.


“Nosso estudo destaca a necessidade de monitorar de perto a evolução da ‘dupla mutante’ porque alterações adicionais podem afetar ainda mais a suscetibilidade a medicamentos antivirais ou fornecer uma vantagem competitiva sobre os vírus circulantes do tipo selvagem”, afirmam os pesquisadores no relatório.

Fonte: Metrópoles


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