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Dobrar tempo de exercícios reduz em 31% o risco de morte, diz Harvard



A prática de exercícios físicos no dia a dia pode trazer uma série de ganhos para a saúde. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que cada indivíduo deve fazer de 150 a 300 minutos por semana de atividades moderadas (quando se consegue conversar durante o exercício), ou 75 a 150 minutos de exercícios vigorosos, para diminuir a mortalidade prematura — mas será que ultrapassar esse limiar pode trazer ainda mais benefícios?


Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, analisaram dados de mais de 100 mil norte-americanos entre os anos de 1998 e 2018 para chegar a uma resposta. Segundo os cientistas, manter a meta da OMS é suficiente para diminuir até 21% da mortalidade de quem opta pela rotina moderada, e 19% dos que escolhem o exercício intenso.


Porém, pessoas que adotam uma prática de duas a quatro vezes maior do que o recomendado podem reduzir o risco de morte em 31%. De acordo com os pesquisadores, aumentos ainda maiores não trazem qualquer benefício ou malefício à saúde.


Em entrevista para o jornal O Globo, o professor de medicina da Unifesp Leandro Rezende destacou que, por mais que exista esse acréscimo caso o tempo de atividade física aumente, buscar a meta estabelecida pela OMS já apresenta vantagens notáveis para a saúde. Ele é um dos autores do estudo publicado na revista científica Circulation.


“Na análise, era um número pequeno de pessoas que realizavam os exercícios de duas a quatro vezes além do recomendado. Porque hoje já é difícil que as pessoas atinjam a recomendação”, pontuou.


Ele acrescenta que trocar as atividades moderadas pelas intensas também não parece fazer diferença a longo prazo: se você caminha cinco vezes por semana, correr um dia não altera o risco de mortalidade. “Mas se a pessoa não chega no orientado com atividades moderadas, trocar por atividades intensas, sem reduzir o tempo, leva sim a benefícios adicionais”, explica.


Fonte: Metrópoles

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