A morte trágica de Marília Mendonça, em novembro de 2021, ainda é sentida pela família da cantora. Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, dona Ruth contou que o neto Léo, de 2 anos, desenvolveu diabetes emocional após perder a mãe.
“Adoeceu. Teve diabetes emocional, a glicose foi a 423. Ele ficava pelos cantos, entristecido. Falava mamãe e queria entrar no quarto”, contou ao colunista Léo Dias.
A endocrinologista do Hospital Brasília/Dasa, Jamilly Drago, explica que, apesar de o termo “diabetes emocional” não existir na medicina, ele corresponde ao diabetes desencadeado por estresse, bem como situações traumáticas, como a separação dos pais ou a perda de um ente querido, como ocorreu com a criança.
“É muito frequente o diabetes juvenil se apresentar após algum quadro de estresse. É uma doença autoimune. Causas como viroses, exposição precoce ao leite de vaca, maus hábitos alimentares, qualidade de sono ruim e grandes traumas – incluindo a perda de entes queridos, separações e grandes tragédias – podem favorecer o aparecimento das autoimunidades”, esclarece.
Diabetes
A diabetes é uma doença metabólica crônica que ocorre devido ao aumento dos níveis de açúcar no sangue, situação que pode causar danos em vários órgãos se não for tratada. Isso ocorre porque a insulina, o hormônio que transporta a glicose do sangue para o interior das células, não é produzida ou não funciona corretamente, fazendo com que o açúcar fique acumulado no sangue em vez de ser gasto nas células do corpo.
Sintomas em crianças
Os responsáveis devem ficar atentos a sintomas como a sede excessiva, muita fome, perda de peso rápida, urina em maior volume e quando as crianças se queixam de visão turva. Nas crianças pequenas, a doença costuma se apresentar com a perda do apetite e dores abdominais.
Tratamento
Na entrevista, dona Ruth contou que Léo iniciou o tratamento com doses altas de insulina logo depois de ser diagnosticado com diabetes. “Começou com doses altas e depois passou. Tem meses que ele não toma insulina”, disse.
A diabetes não tem cura. Na infância, a maioria dos pacientes precisa utilizar insulina para controlar a quantidade de glicose no sangue. O tratamento inclui também alterações no estilo de vida, como a prática de exercícios físicos e mudanças na dieta. Em alguns casos, com a obesidade infantil, também pode ser indicado o uso de remédios.
“Há casos em que o estresse desencadeia a descompensação glicêmica e a melhora do estresse ameniza essa condição, mas não tem cura”, afirma a médica.
Fonte: Metrópoles
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