O ex-repórter da rede Globo Maurício Kubrusly foi homenageado durante o programa Fantástico de domingo (20/8). Durante a transmissão, foi revelado que o jornalista, de 77 anos, está enfrentando uma doença chamada demência frontotemporal (DFT).
“Atualmente, Maurício reside no sul da Bahia, ao lado de sua esposa, Beatriz Goulart, e de Shiva, um amigável cão que o acompanha nas areias da praia. Ele deixou a agitação de São Paulo para se imergir na beleza natural, após receber o diagnóstico de DFT”, destacou a reportagem especial.
Segundo o neurologista Fernando Freua, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, a demência frontotemporal é uma doença neurodegenerativa que atinge a parte da frente do cérebro, provocando alterações na personalidade, no comportamento e dificuldades de comunicação.
“A DFT ocorre pela degeneração do lóbulo frontal do cérebro, região associada a decisões cognitivas superiores, como resolução de problemas, planejamento, atenção e organização de ideias”, explica o médico.
Quais são os sintomas da demência frontotemporal?
A demência frontotemporal corresponde a cerca de 10% dos diagnósticos de demência e uma de suas características é que o início dos sintomas começa mais cedo, entre os 55 e os 65 anos.
Os pacientes tornam-se impulsivos e perdem suas inibições sociais, também negligenciam a higiene pessoal. Outro sinal característico da condição é a dificuldade de comunicação, como se faltassem palavras para o paciente interagir com outras pessoas.
Os principais sinais são:
Apatia;
Dificuldades repentinas em realizar decisões simples;
Dificuldade em encontrar palavras;
Dificuldade em lembrar e entender o conceito das palavras.
Como a demência frontotemporal se desenvolve?
As causas da demência frontotemporal ainda não são claras, mas a hipótese mais provável é que mutações genéticas levem ao acúmulo de proteínas no cérebro, prejudicando o funcionamento.
Hábitos ruins de vida, como sedentarismo, obesidade, tabagismo e alimentação pouco nutritiva, também estão associados ao problema, contribuindo para a manifestação da doença.
“Nenhuma doença neurodegenerativa tem cura e, portanto, o tratamento é baseado no controle dos sintomas. Geralmente, o paciente recebe medicamentos para evitar comportamentos de apatia ou compulsivos”, explica o neurologista.
Fonte: Metrópoles
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