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Coronavírus pode causar problemas na gravidez

Ainda é muito cedo para determinar explicitamente os efeitos do coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV 2, sigla do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome CoronaVirus 2) na gestante e no feto. Esta é uma questão crucial, porque os membros da família dos coronavírus, responsáveis pelos surtos anteriores do SARS-CoV e do coronavírus causador da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV, sigla do inglês, Middle East Respiratory Syndrome CoronaVirus), demonstraram ter capacidade de causar graves complicações durante a gestação, segundo os pesquisadores.

O Coronavirus Study Group of the International Committee on Taxonomy of Viruses formalmente designou o vírus como coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV2, sigla do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome CoronaVirus 2) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) denominou a doença causada pelo SARS-CoV como Covid-19 (sigla do inglês Coronavirus Disease 2019).

O surto do primeiro SARS-CoV e o mais recente surto do MERS-CoV provêm os melhores modelos disponíveis para examinar o potencial impacto da Covid-19 (sigla do inglês, Coronavirus Disease 2019) na gestação, de acordo com uma carta publicada on-line no periódico The Lancet .

Doze gestantes foram infectadas pelo SARS-CoV durante a pandemia de 2002-2003. Dentre estas gestantes, três (25%) morreram durante a gestação. De modo geral, quatro das sete mulheres tiveram abortamento espontâneo no primeiro trimestre. No segundo ou terceiro trimestre, os bebês de duas das cinco mulheres apresentaram diminuição do crescimento fetal, e quatro das cinco tiveram parto prematuro (um caso espontâneo e três induzidos pelo estado clínico materno), segundo o autor Dr. David Baud, Ph.D., da unidade materno-fetal e da unidade de pesquisa em obstetrícia do Centre Hospitalier Universitaire Vaudois, na Suíça, e colaboradores.

Uma revisão de 11 gestantes infectadas pelo MERS-CoV mostrou que 10 mulheres (91%) tiveram desfechos adversos. Seis (55%) recém-nascidos foram internados na unidade de tratamento intensivo (UTI); três (27%) morreram. Dois partos foram induzidos prematuramente porque as mães evoluíram com insuficiência respiratória grave.

Como o SARS-CoV 2 tem o potencial de apresentar um comportamento semelhante, “recomendamos o rastreamento sistemático de qualquer suspeita de infecção por SARS-CoV 2 durante a gestação e, caso seja confirmada, o acompanhamento prolongado deve ser recomendado para a mãe e o feto”, concluíram Dr. David e colaboradores.

Fonte: Medscape

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