Nem só de tensões políticas mundo afora vive o ciclo de notícias ruins. Tragédias, crimes, situações aparentemente sem saída como a crise do clima ou as queimadas na Amazônia têm em comum algo: o possível gatilho de tristeza, depressão e estresse que podem causar em quem consome esse tipo de informação em excesso.
Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos – e que entrevistou mais de 4 mil pessoas acompanhando-as por anos – consumir muitos notícias negativas impacta diretamente na nossa saúde.
As psicólogas Rebecca Thompson e Roxane Cohen Silver, pesquisadoras que assinam o estudo, revelaram para uma publicação especializada da Universidade da Califórnia que o consumo de notícias via redes sociais e por smartphones aumenta o acompanhamento obsessivo de tragédias ou crimes hediondos, principalmente através de vídeos e imagens que se repetem à exaustão.
Ler, ouvir ou assistir notícias ruins logo de manhã também pode te deixar mais ansioso e triste por todo o resto do dia. É como se você já começasse olhando o mundo de uma maneira negativa e isso tem impacto direto no humor.
A pesquisa coloca a exposição às manchetes negativas no nível de um problema de saúde pública, já que esse consumo excessivo pode desencadear depressão, ansiedade e estresse, doenças mentais que acabam prejudicando a vida da pessoa.
“Também pode gerar problemas de saúde física ao longo do tempo, mesmo entre indivíduos que não passaram pelo evento noticiado”, informa Rebecca Thompson ao site Gizmodo.
É por essas e outras situações similares que a expressão “dieta da informação” começa a ganhar visibilidade.
Seu significado é exatamente o de selecionar o que se vai consumir, a fonte em que isso é dito e o horário para ficar sabendo desse assunto.
Ao acordar e antes de dormir, por exemplo, recomenda-se não se expor à notícias ruins ou sensacionalistas. Elas podem ser gatilhos para insônia, crises de ansiedade e mudanças repentinas de humor.
Fonte: Consumidor Moderno
Comments