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Conheça a síndrome da mulher-elástica, doença da cantora Sia

O colágeno é conhecido como a fonte de rejuvenescimento e é amplamente utilizado pela indústria da beleza, mas você sabia que o excesso em sua produção, pelo organismo humano, caracteriza uma doença grave? O drama vivido pela cantora australiana Sia, que teve se afastar-se dos palcos para submeter-se ao tratamento médico, mostrou um lado pouco conhecido relacionado a essa proteína. Ela foi diagnosticada com a com a Síndrome de Ehlers-Danlos (SED), um distúrbio genético.

Popularmente conhecida como síndrome da mulher – ou homem- elástica, a SED não tem cura, mas tratamento e controle. O médico fisiatra e especialista em dor, Marcus Pai, explica que a síndrome provoca um defeito na produção de colágeno, pelo organismo. A doença pode provocar dor crônica, desvio na coluna, entorses e deslocamentos frequentes, perda de massa muscular, dificuldade de cicatrização, problemas digestivos, intestinais m vasculares e até mesmo o risco de parto prematuro.

Doença rara e de difícil diagnóstico

Especialista do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo, ele esclarece que o maior desafio a ser superado, contudo, é o desconhecimento sobre a patologia, inclusive entre os médicos. “É uma doença rara e apresenta vários subtipos, o que dificulta o diagnóstico e nem sempre o exame genético mostra a alteração.”

A anamnese requer a análise detalhada do histórico do paciente, a realização de exames físicos e solicitação de exames como biópsia da pele, ecocardiografia e de imagem, para identificar complicações nos órgãos. O Dr. Pai orienta que a SED provoca a hiperelasticidade da pele, permitindo que o maior órgão do corpo possa ser esticado em vários centímetros; na frouxidão das articulações, que podem ser dobradas ou estendidas além dos padrões considerados normais e em movimentos desmedidos, gerando desgaste intenso e precoce.

Doença ainda não tem cura

“Cada paciente pode ter uma apresentação diferente de características da doença. O que exige acompanhamento e tratamento individual com reabilitação, orientação para prevenir lesões, medicação e outras técnicas para alívio da dor, exercícios de fortalecimento muscular e articular e suplementação vitamínica”, lista o doutor Marcus Pai, que possui especialização médica em acupuntura e em medicina esportiva.

A cantora Sia não será curada, pois ainda não existe essa possibilidade. Os sintomas da Síndrome de Ehlers-Danlos, entretanto, podem ser controlados e os riscos de dados e complicações minimizados, com a melhora da qualidade de vida.

Desabafo gerou o hit Elastic Heart

Hey, I’m suffering with chronic pain, a neurological disease, ehlers danlos and I just wanted to say to those of you suffering from pain, whether physical or emotional, I love you, keep going. Life is fucking hard. Pain is demoralizing, and you’re not alone.— sia (@Sia) October 4, 2019

No início de outubro, a artista que, curiosamente, ficou conhecida pelo hit “Elastic Heart”, publicou na sua conta do Twitter sobre o processo que está enfrentando: “estou sofrendo com uma dor crônica, uma doença neurológica, e eu queria falar com os que estão sofrendo com dor, seja física ou emocional. Eu amo vocês, siga em frente. A vida é difícil para c***** . A dor é desmoralizante e você não está sozinho.”

Fonte: Yahoo!

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