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Cinco recomendações para melhorar a relação entre médico e paciente


 
 

Há quase três anos, Donna Zulman e Abraham Verghese, professores da faculdade de medicina da Universidade de Stanford, se engajaram num projeto espinhoso: procurar uma forma de “curar” os males que afligem a relação entre médico e paciente. A situação é conhecida: a duração das consultas diminuiu e a antiga conversa baseada numa escuta atenta do profissional de saúde foi sendo substituída por pedidos de exames seguidos da prescrição de medicamentos.


No entanto, informações importantes podem ser deixadas de lado e o engajamento ao tratamento fica comprometido se a pessoa não enxergar em seu médico a figura de um aliado que a conheça e entenda.

O resultado do trabalho da dupla propõe cinco recomendações aos médicos para mudar esse quadro:

1) Prepare-se efetivamente para o que vai fazer: antes da consulta, crie um ritual para focar sua atenção e se familiarizar com o paciente.

2) Ouça com atenção e profundidade: sente-se de frente para o paciente e incline-se na sua direção. Não se distraia nem o interrompa, ele é sua mais preciosa fonte de informação.

3) Concentre-se no que importa: descubra o que é relevante para ele e incorpore essas prioridades.

4) Conecte-se com a história do paciente: considere as circunstâncias que influem nas condições de saúde dele. Reconheça seus esforços e celebre as conquistas no tratamento, mesmo que modestas. 5) Explore pistas emocionais: ao nomear e validar os sentimentos que o afligem, você se tornará um parceiro de confiança.

A pesquisa foi conduzida com a participação do Presence, centro interdisciplinar de Stanford que promove a ciência da conexão humana na medicina. O objetivo é mudar a abordagem do atendimento: no lugar da ênfase nos procedimentos, a interação. “Buscamos práticas que aprimorem a experiência dos pacientes e levem a um melhor cuidado, mas também queremos tornar a experiência dos médicos mais gratificante, para que redescubram o prazer da medicina.


Embora não possamos mudar o sistema da noite para o dia, temos como usar estratégias para alimentar essa conexão tão importante”, disse a doutora Zulman, diretora do Presence 5, uma das iniciativas da organização. O trabalho revisou mais de 70 estudos publicados entre 1997 e 2017, além de contar com observações de encontros e entrevistas. O próximo passo é criar um currículo para treinar alunos e residentes.


Fonte: G1

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