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Cientistas da USP desenvolvem luva que detecta pesticidas em alimentos


 
 

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) criaram uma luva com sensores que detectam a presença de resíduos de pesticidas em alimentos em questão de minutos. Basta encostar os três dedos em que os dispositivos foram alocados na superfície de frutas, verduras e legumes ou mergulhar em um copo de suco, por exemplo, para ter o resultado.


Segundo os autores do estudo, a luva contém três sensores impressos nos dedos indicador, médio e anelar por meio de serigrafia, que são feitos com uma tinta condutora de carbono. Eles permitem a detecção das substâncias carbendazim (fungicida da classe dos carbamatos), diuron (herbicida da classe das fenilamidas), paraquate (herbicida incluído no rol dos compostos de bipiridínio) e fenitrotiona (inseticida do grupo dos organofosforados).


Carbendazim, diuron e fenitrotiona são usados no cultivo do trigo, arroz, milho, soja e feijão, frutas cítricas, café, algodão, cacau, banana, abacaxi, maçã e cana-de-açúcar. O uso do paraquate foi proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


A identificação é feita em meio aquoso. Por isso, no caso dos sólidos, é necessário pingar um gota de água para estabelecer o contato entre o alimento e o sensor.


“Precisamos da água, pois é necessário um eletrólito – substância capaz de formar íons positivos e negativos em solução aquosa”, explica química Nathalia Gomes, pesquisadora do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP), à Agência Fapesp


Baixo custo


Os pesquisadores destacam como um dos principais benefícios o baixo custo da tecnologia. Os métodos para a detecção de pesticidas usados atualmente têm custo alto, demandam mão de obra especializada e tempo entre as análises e a obtenção dos resultados.


“Os sensores são uma alternativa às técnicas convencionais, pois, a partir de análises confiáveis, simples e robustas, fornecem informação analítica rápida, in loco e com baixo custo”, afirma o professor do IQSC-USP, Sergio Antonio Spinola Machado.


Fonte: Metrópoles

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