Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, fizeram discursos defendendo investimentos na saúde e na defesa do clima durante suas participações virtuais na reunião do G20, que está sendo realizada em Roma neste sábado (30).
"A luta contra a pandemia de Covid-19 nos impõem fazer melhorias nos serviços sanitários e na cooperação entre os países. No caso da OMS [Organização Mundial da Saúde], a situação é ainda mais crítica: as suas atividades têm a necessidade de apoio global e não se pode por obstáculos em seu trabalho. Nesse ponto, eu estou de acordo com o presidente da França, Emmanuel Macron", disse Putin citando o pedido do francês de apoiar mais a OMS.
Putin ainda cobrou a criação de "mecanismos" para atualizar rapidamente as vacinas por conta das mutações do coronavírus Sars-CoV-2. "Os especialistas dizem que o coronavírus continuará perigoso por muito tempo. Dado que o vírus continua a sofrer mutações, precisamos desenvolver mecanismos para atualizar rápida e sistematicamente as vacinas", acrescentou.
O pedido do presidente russo vai de encontro a uma das principais defesas da Itália na presidência do G20, que é reforçar globalmente a resposta contra as pandemias . No rascunho do documento, os italianos afirmam que é preciso "um reforço da governança global da saúde para suprir a insuficiente coordenação entre as autoridades sanitárias e financeiras evidenciadas pela atual pandemia".
Já Xi Jinping, além de defender as questões relacionadas à vacina e lembrando que o país já doou mais de 1,6 bilhão de doses, também cobrou que os países do G20 "deem exemplo" sobre a redução na emissão dos gases que provocam o efeito estufa e acolherem "plenamente as particulares preocupações e dificuldades dos países em desenvolvimento".
O líder chinês também reforçou o pedido para que o desenvolvimento global, incluindo a saúde, seja "mais igualitário, eficaz e inclusivo para garantir que nenhum país seja deixado para trás".
Na mensagem, Xi afirmou que a pandemia de Covid-19 criou "múltiplas crises" no mundo, especialmente nos mais pobres, e cobrou a aplicação da Agenda 2030 da ONU para o desenvolvimento sustentável, que tornou-se "fundamental" perante aos desafios "sem precedentes".
Fonte: Terra
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