
O feriadão de Carnaval chegou e muitas pessoas vão passar os dias na praia, piscina ou tomando banho de cachoeira. O lazer na água são alguns dos programas preferidos do brasileiro. Entretanto, um levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que o número de pessoas que morreram por afogamento aumentou na última década.
Entre 2010 e 2023, o Brasil registrou um total de 71.663 mortes por afogamento. Os maiores envolvidos nesse tipo de acidente foram crianças e adolescentes. No período analisado, 12.662 casos (17,7%) envolveram adolescentes de 10 a 19 anos. E 5.878 (8,2%) tiveram como vítimas crianças de 1 a 4 anos.
Em hospitais, durante o mesmo período, foram registrados 11.197 casos de internações relacionados a afogamentos. Quase 30% das ocorrências — um total de 3.072 — envolveram crianças e adolescentes de até 14 anos; e mais da metade dessas ocorrências (51% delas) ocorreu em crianças de 1 a 4 anos, evidenciando a vulnerabilidade dessa faixa etária.
“A maior parte dos afogamentos acontece em praias e cachoeiras, mas são muitos os registros de acidentes dentro de casa, em piscinas, banheiras, baldes, entre outros. As crianças menores são as mais vulneráveis e podem se afogar em qualquer recipiente, mesmo com pouca água ou outros líquidos”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
Recentemente, por exemplo, o corpo de bombeiros do Rio de Janeiro, disse que 13 pessoas morreram afogadas no estado do Rio durante mergulhos à noite nos dois primeiros meses do ano. A prática, pode ser fonte de refresco para muita gente em meio ao calorão, porém a falta de visibilidade pela iluminação mais baixa atrapalha as pessoas a enxergar ondas, correntezas e pedras embaixo da água, o que acaba aumentando o risco de afogamento.
As mortes por afogamento podem ser evitadas. O Ministério da saúde divulgou uma lista de recomendações, como:
Assegurar a supervisão de crianças por adultos enquanto estiverem na água ou próximo;
Evitar deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água;
Proteger piscinas, poços e reservatórios com barreiras que impeçam o acesso à água;
Evitar brincadeiras inadequadas na água como corridas, empurrões e saltos;
Observar e respeitar as sinalizações em praias, rios e lagos que indiquem áreas com alto risco de afogamento;
Evitar nadar em áreas profundas, de profundidade desconhecida ou distantes da margem;
Não entrar na água durante condições climáticas desfavoráveis, como raios, trovões, tempestades, ventanias ou quando o mar estiver agitado.
Fonte: O Globo
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