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Câncer de mama: técnicas de reconstrução mamária evoluem no ES

Prevenção ainda é a palavra de ordem quando o assunto é câncer de mama. Mas, a notícia acalentadora para as mulheres que já passaram ou estão em tratamento oncológico é que as técnicas de reconstrução mamária evoluíram significativamente nos últimos anos.

A reconstrução apresenta resultados cada vez mais promissores e pode ajudar na recuperação da autoestima e qualidade de vida das mulheres.

O pioneiro na implementação da reconstrução mamária pós-mastectomia no Espírito Santo, o cirurgião plástico Fábio Zamprogno, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, responde algumas dúvidas sobre o assunto.

O que é a reconstrução mamária?

É um procedimento que tem como objetivo restaurar a aparência, a forma e o tamanho da mama após a mastectomia. Muitas mulheres diagnosticadas com câncer de mama passam por essa cirurgia, que consiste na retirada cirúrgica parcial ou total da mama.

Quando fazer o procedimento?

A reconstrução mamária pode ser imediata ou tardia. A escolha do momento de realizar a reconstrução deverá seguir indicações médicas do mastologista e do oncologista, além de considerar a vontade pessoal da paciente. A reconstrução imediata é feita no mesmo momento da mastectomia e a tardia é feira a partir do terceiro mês.

A princípio, a reconstrução imediata permitiria uma melhora mais significativa na autoestima da paciente, porém alguns médicos preferem esperar pelo laudo definitivo da biópsia e indicar a reconstrução tardia. O motivo para essa decisão de aguardar um pouco mais é que, se for necessária a radioterapia, a reconstrução poderá ter o resultado comprometido pela irradiação. Por isso, esperar terminar a radioterapia e só depois fazer a reconstrução. Muitas vezes a indicação da radioterapia só ocorre após o laudo definitivo da biópsia, que pode demorar até 20 dias.

Como é feita?

Entre os processos de reconstrução mais conhecidos está o uso de enxertia de gordura para correção de defeitos menores, ou até mesmo o uso da prótese de silicone, com o objetivo de restaurar o volume da mama afetada, com resultados cada vez mais naturais. Quando a deformidade mamária é muito grande, pode ser necessário utilizar pele e músculos saudáveis da própria paciente, associado ao uso de próteses de silicone, para atingir melhor resultado. Atualmente, nas reconstruções mais elaboradas, faz-se a combinação de vários desses métodos para se atingir um resultado mais satisfatório.

Quais são os cuidados antes e depois da reconstrução?

Os cuidados com o pré e pós-operatório são tão importantes quanto o procedimento cirúrgico em si. Portanto, é necessário que todas as recomendações feitas pelo cirurgião, como fazer exames laboratoriais, ajustar os medicamentos e fazer mamografia antes e após a cirurgia, sejam seguidas com rigor para não comprometer o resultado. Quanto à recuperação pós-operatória, a paciente receberá informações específicas sobre os medicamentos que devem ser tomados e os cuidados necessários com a mama. É importante que as incisões cirúrgicas não sejam submetidas a excesso de força, escoriação ou grandes movimentos durante o tempo de cicatrização.

Fonte: Jornal Folha Vitória

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