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Câmara discute caos na saúde do Amazonas

O colapso da saúde pública no estado do Amazonas será discutido nesta quinta-feira, 24, em reunião especial na Câmara dos Deputados. O Amazonas já tem mais de 2.270 casos confirmados de coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. São mais de 500 infectados para cada 1 milhão de moradores, o índice mais alto do país. Em Manaus, a prefeitura teve que abrir valas coletivas para enterrar os mortos. O total de óbitos já passou de 200 na cidade.

Na reunião desta quinta-feira, 24, estarão presentes diversas entidades da área saúde, entre elas o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conselho Regional de Medicina do Amazonas e a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus. Francisco de Assis, secretário de atenção especializada à saúde do Ministério da Saúde, também irá participar. A intenção é debater medidas que possam tirar o Amazonas do caos na saúde pública.

A covid-19 já atingiu metade das cidades do estado, com mais de 520 casos confirmados no interior. Na capital, a previsão é que a situação continue crítica ao longo da semana. “As UTIs estão totalmente lotadas”, disse o prefeito Artur Virgílio Neto (PSDB) em suas mídias sociais.Veja também

A região Norte tem 10% do total de casos de covid-19, o segundo índice mais baixo do país depois do Sul (7,2% dos casos). Por isso mesmo, a incidência do vírus no Amazonas chama a atenção. No Pará, em segundo lugar no ranking dos estados do Norte com mais casos confirmados, são cerca de 900 pessoas infectadas, menos da metade dos registros do Amazonas.

Mesmo antes do início da pandemia, o sistema de saúde de Manaus enfrentava problemas. O Hospital 28 de Agosto, referência em todo o Amazonas, já vinha sofrendo com superlotação e falta de remédios. O cenário não é muito diferente em outras cidades do estado. Em fevereiro deste ano, pouco antes da eclosão da pandemia do coronavírus, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que quase 100.000 pessoas esperavam por atendimento na rede pública. Na ocasião, a secretaria disse que havia herdado o problema da gestão anterior. Agora, com o caos na saúde instalado, a solução é buscar uma saída emergencial para o Amazonas.

Fonte: Exame

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