A 19ª edição do Índice de Confiança Robert Half aponta que 49% dos recrutadores acreditam que os profissionais estão mais propensos a sofrer de burnout no segundo semestre.
Segundo os recrutadores, as cinco principais razões que os levam a fazer essa afirmação são:
cargas de trabalho mais pesadas (58%)
falta de equilíbrio entre vida profissional e trabalho (58%)
mais pressão para obter resultados (55%)
incertezas quanto ao rumo da pandemia (52%)
alta demanda de trabalho concentrada em equipes reduzidas (51%)
A pesquisa ouviu 774 recrutadores e profissionais qualificados – ou seja, com 25 anos ou mais e formação superior.
A pesquisa revela também que 80% das empresas buscam a mudança desse cenário, com adoção de medidas para alcançar maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. As cinco principais ações realizadas pelas empresas são:
permitir maior flexibilidade de horário (55%)
manter uma comunicação regular (51%)
melhorar o acesso aos benefícios de saúde e bem-estar (35%)
aprimorar programas de reconhecimento de funcionários (27%)
dar mais apoio aos pais e mães que trabalham (20%)
Quando perguntados sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional no último ano, 42% dos empregados afirmaram que houve um aumento na qualidade de vida.
“Isso pode indicar um reflexo da evolução no número de empresas que passaram a promover benefícios relacionados ao bem-estar emocional e à saúde mental dos colaboradores, em função das preocupações com a pandemia. O que só reforça a importância do cuidado com os profissionais como estratégia para manter a operação competitiva”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
Equilíbrio entre vida pessoa e profissional pode reter talentos
A consultoria também conduziu um levantamento global, na segunda quinzena de fevereiro, com 1.500 executivos CEOs, CFOs e CIOs), no Brasil, Bélgica, França, Reino Unido e Alemanha. Quando questionados sobre quais preocupações mais impactam na capacidade das empresas de reter colaboradores, as três respostas mais citadas pelos executivos foram:
a busca dos colaboradores por um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal
o aumento da pressão no trabalho ou burnout dos colaboradores
a incapacidade de oferecer salários e benefícios competitivos
Os executivos brasileiros aparecem como os mais preocupados com a busca de um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores:
Brasil: 36%
Bélgica: 27%
França: 26%
Reino Unido: 25%
Alemanha: 24%
Fonte: G1
Commentaires