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Bruno Covas retorna ao cargo nesta segunda-feira após dez dias de licença médica


 
 

O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) reassume o cargo nesta segunda-feira (1º) após dez dias de licença médica. A informação foi confirmada ao G1 por sua assessoria de imprensa.

Covas havia se licenciado no último dia 18 de janeiro, após a realização de sessões de radioterapia que fazem parte do tratamento do câncer que enfrenta. Durante o período, o vice Ricardo Nunes (MDB) assumiu a gestão da cidade pela primeira vez.

Neste domingo (31), o prefeito respondeu às críticas que recebeu por ter ido ao Rio de Janeiro no sábado (30) assistir à final da Libertadores no estádio do Maracanã.

A viagem aconteceu no momento em que a cidade de São Paulo estava na fase vermelha, a mais restritiva do plano da quarentena, medida adotada pelo governo estadual aos finais de semana e após as 20h de dias úteis para tentar conter o aumento da contaminação pelo coronavírus.

"Depois de 24 sessões de radioterapia meus médicos me recomendaram 10 dias de licença para recuperar as energias. Isso foi até a última quinta (28/01). Resolvi tirar mais 3 dias de licença não remunerada para aproveitar uns dias com meu filho. Fomos ver a final da libertadores da América no Maracanã, um sonho nosso", disse o prefeito em publicação no Instagram. "Respeitamos todas as normas de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias do RJ. Mas a lacração da Internet resolveu pegar pesado. Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu. É usufruir de um pequeno prazer da vida. Mas a hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal." Nas redes sociais, a atitude de Covas foi comparada à do governador João Doria (PSDB), que viajou no final de dezembro para Miami, nos Estados Unidos, em um momento de alta de casos de Covid-19 no estado e endurecimento das regras da quarentena. Após a repercussão negativa, Doria cancelou a viagem e voltou ao país.

"Todos dentro do estádio poderiam estar lá. Menos eu. Quando decidi ir ao jogo tinha ciência que sofreria críticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila", disse ainda o prefeito. Radioterapia Após a realização de 24 sessões diárias de radioterapia para tratar o câncer diagnosticado na cárdia, transição entre estômago e esôfago, os médicos recomendaram no dia 18 de janeiro que o prefeito se licenciasse do cargo por dez dias para descansar. De acordo com o boletim médico Hospital Sírio Libanês divulgado no dia 18, após esse período de repouso, a previsão é de que o prefeito continue com a imunoterapia e exames de controle.

Em dezembro de 2020, os médicos que cuidam do prefeito afirmaram que Covas encontrava-se "clinicamente muito bem" e também que seria "submetido às sessões de radioterapia para continuidade do tratamento".

Ele está sendo acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelos médicos David Uip, Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Tulio Eduardo Flesch Pfiffer e João Luiz Fernandes da Silva (radioterapia).

Pelas redes sociais, o prefeito havia afirmado que retornaria ao cargo em 29 de janeiro.

"Hoje completei mais uma etapa do meu tratamento. Foram 24 sessões diárias de radioterapia.


Agora, por recomendação médica, tenho que me afastar do trabalho por 10 dias. Nesse período desejo sucesso ao Prefeito em exercício Ricardo Nunes. Estarei à disposição dele se necessário. Sexta que vem retorno à Prefeitura. Obrigado a todos pela compreensão e carinho", disse Covas. Descoberta do câncer O prefeito da capital foi internado pela primeira vez no dia 23 de outubro de 2019, quando chegou ao hospital com erisipela (infecção na perna), que evoluiu para trombose venosa profunda (coágulos) na perna direita. Os coágulos subiram para o pulmão, causando o que é chamado de embolia. Durante os exames para localizar os coágulos, médicos detectaram um câncer na cárdia, região entre o esôfago e o estômago, com metástase no fígado.

Covas passou por oito sessões de quimioterapia mas, segundo a equipe médica, não foram suficientes para vencer o câncer. No boletim médico divulgado em 28 de abril deste ano, a equipe do Sírio Libanês afirmou que Bruno Covas continuava com o câncer nos linfonodos, sendo necessário que ele continuasse com o tratamento de imunoterapia.

Na ocasião, o prefeito foi submetido a exames de controle, entre eles a ressonância magnética, "que demonstraram que o tratamento está sendo eficaz no combate ao câncer que persiste nos linfonodos".

"Diante desse resultado, a equipe médica decidiu que o prefeito seguirá realizando aplicações endovenosas de imunoterapia a cada três semanas", informou a nota assinada pelos médicos em 28 de abril de 2020.


Fonte: G1

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