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Bebê é queimado após medicamento corrosivo escapar em hospital em SP


 
 

Um bebê recém-nascido, com quatro dias de vida, sofreu uma queimadura no pé após um acesso intravenoso escapar e feri-lo em um hospital de Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com a mãe, Ewellyn Veneziano dos Santos, de 32 anos, ela só descobriu o incidente na manhã seguinte, quando pegou a menina para amamentar.


Nicolly nasceu no dia 17 de novembro no Hospital Guarujá, em uma cesárea. "Ela nasceu super saudável e ficamos no repouso após a cirurgia", contou a mãe ao G1. Após alguns exames, Ewellyn descobriu que o bebê estava com uma infecção e ainda não teria alta médica.

Na madrugada de 20 de novembro, segundo a mãe, o acesso intravenoso colocado no pé da menina escapou e a medicação vazou, queimando a pele da bebê, causando um grave ferimento. "Ela chora muito, o tempo todo. Se debate de dor, não pode encostar que ela puxa o pezinho. É uma tortura ver uma filha sofrer tanto", desabafa a mãe. Ewellyn só percebeu o ferimento no dia seguinte, quando pegou a pequena para amamentar. "Vi uma bolha enorme no pé dela e comecei a chorar". Ainda segundo a mãe, as enfermeiras do plantão seguinte descobriram o ferimento junto com ela. Na noite do mesmo dia, a médica pediatra estourou a bolha. "Depois disso, começou meu tormento. A menina sofrendo de dor, e eu sofrendo junto com ela", desabafou. No hospital, a menina começou a passar por laserterapia e, em seguida, passou a ser acompanhada com sessões à domicílio, já que a mãe preferiu ir para casa na segunda-feira (30).

Ainda segundo Ewellyn, ela recebeu alta, mas a filha, não. Por conta disso, decidiu levá-la para casa. "Eu ia dormir no chão, mas não ia sair de perto da minha filha. Comigo do lado já aconteceu isso, imagina longe?", diz. 'Acidente corriqueiro' O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Guarujá, onde a menina foi ferida. Por telefone, um representante da unidade de saúde disse que tratou-se de um "acidente corriqueiro neste tipo de tratamento, em relação aos recém-nascidos e aos idosos". Leia abaixo a nota de posicionamento na íntegra:

"Paciente EPV deu entrada para parto cesárea de urgência em nosso hospital no dia 17/11/2020. Ao nascer, a criança apresentou infecção grave transmitida pela progenitora, tendo sido necessária admissão do RN na UTI neo natal para competente tratamento.

Ao longo do período de internação, e após agitação do RN, ocorreu a perda do acesso venoso, tendo sido extravasados o soro e medicamentos no tecido adjacente, provocando lesão dos mesmos. De imediato, o hospital tomou as medidas necessárias e disponibilizou serviço especializado em curativos (estomaterapia), inclusive com aplicações diárias de laserterapia para recuperação plena dos ferimentos.

A criança permaneceu internada até o fim do ciclo do medicamento, tendo recebido alta hospitalar em 30/11/20, com todas as orientações e curativos programados diariamente realizados pela mesma equipe de enfermagem especializada em curativos (estomaterapeuta) em ambiente domiciliar.

Os curativos disponibilizados pelo hospital são os mais atuais e eficientes disponíveis na prática médica para tratamento e fechamento das feridas.

Após a alta, foi solicitado à mãe que os curativos fossem realizados diariamente no hospital. Diante da recusa da mesma para tal, e havendo condições clínicas, optou-se pelo acompanhamento domiciliar diário pela equipe especializada em curativos, com todos os medicamentos, materiais, equipamentos e profissionais custeados exclusivamente pelo hospital. Não deixamos em momento algum, tanto a mãe quanto a criança, sem pronta assistência necessária".


Fonte: G1

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