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Atriz desaparecida teve saúde mental afetada pela pandemia, diz família


 
 

Lohany Façanha Martins, 25 anos, modelo e atriz que ficou desaparecida por oito dias, é descrita por familiares como uma pessoa amável, focada em seus objetivos e que teve a saúde mental afetada pela pandemia.


Ela foi localizada ontem no hospital psiquiátrico Insituto Philippe Pinel, na Zona Sul do Rio no Rio de Janeiro, internada com um quadro grave de ansiedade e depressão.


Lohany, natural de Macapá, mora no Rio de Janeiro desde 2019, longe da família. Parentes se preocuparam quando seu telefone ficou mudo, e ela deixou de responder mensagens. Por isso, registraram o desaparecimento na Polícia Civil.


A artista foi localizada no hospital depois de uma pessoa reconhecê-la por causa da repercussão do caso. De acordo com a família, ela procurou a unidade de saúde por conta própria.


Ida ao Rio de Janeiro


O ex-marido de Lohany, Pedro Da Lua, 40 anos, pai da filha dela, de 5 anos, assim como outros parentes, crê que os transtornos da atriz foram desencadeados pela pandemia.


Ele conta que, depois de se separarem, no começo de 2019, Lohany tomou "uma decisão difícil" de ir ao Rio de Janeiro em busca do sonho de ser atriz.


"Ela tem muitas aspirações e é uma ótima mãe. Decidimos que ela perseguiria uma carreira artística no Rio e se formaria no curso de teatro. Nossa filha ficou comigo, mas ela falava conosco todos os dias por vídeo", disse ao UOL.


A mãe da atriz, Márcia Araújo, 44 anos, lembra que foi difícil para Lohany se despedir da filha pequena.


"Foi horrível. Mas ela teve de fazer essa escolha. Lohany é uma menina muito determinada. Ela bate o pé, corre atrás e não sossega enquanto não consegue", afirmou.


Antes do isolamento social, Lohany, estava feliz morando no Rio de Janeiro, de acordo com a família.


A modelo, que tem como hobby a prática de exercícios físicos, cursava psicologia na faculdade Estácio de Sá, trabalhava em uma agência de modelos, fazia curso de teatro, participando já de algumas peças, e sentia que a carreira artística deslancharia.


A pandemia do novo coronavírus, no entanto, fez com que todas as suas atividades no Rio de Janeiro pausassem. Ela retornou ao Amapá em março de 2020, para passar a quarentena com a família, mas voltou ao Rio em outubro, sete meses depois.


Pedro diz que percebeu na ex-mulher, no período em que ela esteve na terra natal, indícios de apreensão. "Ela tem muita vontade de trabalhar e fazer as coisas. Por isso, veio para cá um tanto deprimida já. Mas depois conversou com a família, se tranquilizou e acreditou que estava pronta para voltar ao Rio", diz.


Segundo o ex-marido, ela não havia demonstrado sinais de depressão ou ansiedade antes da pandemia.


Alívio


A notícia de que Lohany estava bem depois do desaparecimento de oito dias foi, de acordo com Pedro, "a melhor notícia possível", apesar da surpresa de saber que ela estava internada.


Ele diz que foi graças a uma reportagem do UOL que uma pessoa reconheceu Lohany no hospital psiquiátrico. A pessoa contatou o autor da matéria, Abinoan Santiago, que por sua vez avisou a família da modelo.


Márcia, mãe de Lohany, está viajando ao Rio de Janeiro na noite de hoje para acompanhar o tratamento da filha no Instituto Philippe Pinel.


"A gente se fala todos os dias, toda hora, e ela é muito apegada à família. A ausência dela nesses oito dias foi a pior coisa do mundo", afirma Márcia, celebrando o reencontro iminente.


Fonte: UOL

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