A ansiedade é uma reação natural dos humanos frente a algumas situações fora da rotina. No entanto, o descontrole desse estado de ânimo pode comprometer vários aspectos da vida.
Durante crises de ansiedade, as pessoas sentem palpitações, falta de ar, irritabilidade e dificuldade de concentração, o que pode atrapalhá-las no desempenho de tarefas cotidianas e no relacionamento com outras pessoas.
Ambientes com muitas pessoas ou situações específicas – como falar em público ou viajar de avião – podem ser gatilhos para a ansiedade e, até mesmo, para crises de pânico. Os especialistas sugerem que, nestes momentos, o indivíduo busque identificar sons, elementos visuais e texturas com o objetivo de se desconectar do estado de ânimo.
Um dos métodos populares para lidar com a eminência de uma crise é a técnica 333. “É uma ferramenta que provoca uma mudança cognitiva, permitindo que o paciente desfoque da crise. Em uma crise de ansiedade, ficamos hiperfocados, então desviar o foco ajuda a reduzir os sintomas e a evitar a crise de pânico”, explica a psicóloga clínica Ana Café.
A técnica consiste em identificar:
Três coisas que você consegue ver;
Três sons que você pode ouvir;
Três coisas que você pode tocar.
A técnica 333 tira a mente da situação de estresse e dos pensamentos intrusivos ao chamar atenção para os sentidos do corpo. Focar em três coisas visíveis ajuda a estar visualmente consciente das coisas que o cercam. A ideia não é pensar em objetos, mas observar o que realmente está ao redor.
O segundo passo para sustentar o foco em meio a uma crise de ansiedade é identificar os três sons. Eles podem ser sutis como o tique-taque dos ponteiros de um relógio ou o farfalhar de folhas em árvores. A última etapa da regra 333 é listar três coisas que podem ser sentidas ou tocadas. Elas podem ser objetos próximos, partes do corpo ou roupas.
Quando a crise de ansiedade acontece pela primeira vez, ou ainda não existe diagnóstico da condição, a recomendação é ir a um pronto-socorro para descartar a possibilidade de outros problemas mais graves. Caso a ocorrência seja muito frequente, é necessário procurar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra para identificar a causa e desenvolver estratégias que ajudem a enfrentar e a lidar com os problemas.
Fonte: Metrópoles
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