O ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, anunciou nesta segunda-feira (4) que, a partir de 1º de maio não será mais obrigatório isolamento para os infectados com o coronavírus.
Em vez disso, os pacientes com Covid-19 serão fortemente aconselhados a fazer um isolamento de cinco dias, assim como as pessoas que tiveram contato com eles, além de se submeterem a testes regulares.
A regra, porém, não vale para trabalhadores da área da saúde e para cuidadores, que devem continuar cumprindo isolamento de cinco dias, que poderá ser encerrado após um teste negativo. A decisão foi tomada após reunião de Lauterbach com os secretários de saúde dos 16 estados alemães e é baseada em orientações do Ministério da Saúde e do Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental para o controle e prevenção de doenças. Atualmente, a orientação é um isolamento de 10 dias para infectados, que pode ser encerrado ao sétimo dia, após um teste negativo. A nova regulamentação deve ser implementada pelos estados federais. Lauterbach se mostrou cautelosamente otimista com a situação do coronavírus na Alemanha. "O ponto de virada parece ter sido alcançado", disse ele, ressaltando que o número de casos está diminuindo. No entanto, ele destacou que o país ainda está em alerta. Fim da exigência de máscara A partir desta semana, a maioria dos estados alemães não exigirá mais máscaras em estabelecimentos comerciais. A exigência foi oficialmente abandonada em Berlim na sexta-feira e seguida por outros estados nos dias seguintes. No entanto, alguns dos 16 estados expressaram forte oposição à medida. Hamburgo e Meclemburgo-Pomerânia Ocidental continuarão exigindo máscaras. A obrigatoriedade do uso de máscaras em estabelecimentos estava em vigor desde a primavera de 2020.
Nesta segunda-feira, os lojistas disseram que a esmagadora maioria dos clientes continuava usando máscara durante as compras.
"Existe uma maioria pouco agitada, quieta e razoável que naturalmente usará máscaras quando estiver em espaços fechados", disse Michael Genth, presidente da Associação de Negócio e Comércio de Saarbrücken. "Presumimos que os clientes agirão com responsabilidade e continuarão usando máscaras enquanto fazem compras em ambientes fechados", destacou. Sindicatos criticam medida Grandes redes de supermercados alemãs, como Rewe, Lidl, Aldi e Edeka, a gigante sueca de móveis Ikea, a livraria Thalia e as lojas de roupas H&M e Primark informaram que não exigirão que os clientes usem máscaras nos estabelecimentos. Ainda assim, alguns empregadores manifestaram preocupação com as mudanças, assim como funcionários. O sindicato Verdi, por exemplo, lamentou a decisão e salientou que a regra prejudica os trabalhadores, potencialmente expondo-os à infecção em seu local de trabalho.
As máscaras agora só serão exigidas pelo governo federal para quem viaja de avião ou em trens de longa distância. Os estados também podem exigir que os indivíduos usem máscaras em hospitais e clínicas e nos transportes públicos. Lauterbach, porém, aconselhou os cidadãos a continuar usando máscaras em ambientes internos.
O Instituto Robert Koch relatou nesta segunda-feira 41.129 novos casos de Covid-19 e 23 mortes relacionadas à doença. Os números tendem a ser menores às segundas-feiras, devido à redução de testes e relatórios nos finais de semana, especialmente aos domingos.
Fonte: G1
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