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Além dos sintomas: como é feito o diagnóstico de transtornos mentais

Foto do escritor: Portal Saúde AgoraPortal Saúde Agora


Os transtornos mentais estão cada vez mais presentes na atualidade. O aumento no número de diagnósticos mostra uma sociedade adoecida, muito por conta de um estilo de vida prejudicial. No entanto, essa realidade também se deve a um número crescente de falsos positivos.


Problemática dos sintomas


Isso ocorre, muitas vezes, porque os diagnósticos se baseiam quase que exclusivamente nos sintomas do paciente. Porém, a presença desses sinais não são suficientes para definir o transtorno pelo qual o indivíduo está passando, alerta o médico psiquiatra Flávio H. Nascimento.

“Os sintomas são importantes para analisar o problema do paciente, mas não devem ser a única fonte de análise para um diagnóstico. Isso porque diversos transtornos têm sintomas muito similares que podem ser facilmente confundidos”, explica o especialista.


Por isso, existem testes e exames que podem facilitar uma identificação mais precisa. Mas, além disso, também é importante uma abordagem multidisciplinar, afirma o psiquiatra, autor do artigo “Uma análise sobre coerência, lógica universal e prevenção”, publicado na revista científica Contribuciones a las ciencias sociales, em parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.


Diagnóstico multidisciplinar


Cada área médica possui suas especificidades e especialidades. No entanto, doenças, transtornos e síndromes são altamente multifatoriais e complexas. Por isso, é necessário, também, uma análise multidisciplinar.


“Muitos profissionais que tratam da saúde mental costumam se fechar muito na sua especialidade e não usar ferramentas importantes também de outras áreas e ter também pareceres de outros profissionais”, comenta Flávio.


“No consultório, apesar de utilizar mais técnicas da psiquiatria, eu tenho compreensão de que outras áreas, em especial a psicologia que é muito próxima, podem contribuir bastante para ter um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz. Por isso, opto por uma abordagem que traga princípios das duas áreas, com a atuação de outro profissional, um(a) psicólogo(a)”, complementa o especialista.


Segundo ele, um transtorno mental mal diagnosticado causa um tratamento pouco eficaz. “Por isso, é muito importante que os profissionais tenham essa consciência de que um diagnóstico precisa ser isento e absolutamente técnico, tanto para a recuperação do paciente, quanto para preservar a credibilidade da medicina”, finaliza o profissional.


Fonte: O Globo

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